Mais de 300 mil professores foram demitidos em tempos de Coronavirus
Da Folha de São Paulo
Etapa mais atingida pela saída de alunos durante a pandemia do novo coronavírus, a educação infantil (que atende crianças dos 0 aos 5 anos) tem concentrado mais de 70% das demissões de professores da rede particular, que planejam buscar novas áreas para atuar por verem que a crise no setor deve se estender.
Segundo estimativa da Fenep (Federação Nacional de Escolas Particulares), cerca de 300 mil docentes da educação básica já foram demitidos durante a pandemia.
Os donos de escola afirmam que há risco de o número crescer, já que os pais podem não voltar os filhos para a rede particular neste ano.
Ainda que o número de desmatrículas pareça ter se estabilizado, professores que tiveram os salários reduzidos, nas condições da Medida Provisória 936/2020, temem ser demitidos no final deste ano letivo.
O temor é ainda maior entre aqueles que trabalham com crianças menores de 3 anos, idade em que a matrícula ainda não é obrigatória pela legislação.
TL COMENTA
O problema não é apenas de São Paulo e há muito já preocupa os empresários do setor do Rio Grande do Norte. E não apenas para fechar contas e adequar realidade.
Demitir significa consequência de matrículas canceladas, portanto, onde vão estudar essas crianças? A rede pública vai conseguir absorver a demanda?
Por isso o problema das aulas não pode ser uma luta velada entre a turma da escola pública, que tem seus justos receios de recomeço e estabilidade de emprego X a turma da escola privada que tem mais elementos de biosegurança, mas o fantasma diário do desemprego.
É aí que o Governo do RN precisa interferir; equacionar as incongruências da realidade. As escolas privadas pedem apenas a possibilidade de reabrir, VIA DECRETO, mantendo as aulas virtuais para os pais que não estão seguros a enviar seus filhos nesta retomada.