23 de abril de 2024
Coronavírus

Máscaras de pano não protegem contra o vírus de forma tão eficaz

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Linsey Jones, assistente médica em uma clínica de testes Covid-19 em Puyallup, Washington, equipada com uma máscara N95. Foto: Ted S. Warren/Associated Press


Apoorva Mandavilli para o The New York Times, em 15/01/2022

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças esclareceram ontem sua posição sobre vários tipos de máscaras, reconhecendo que as máscaras de pano frequentemente usadas pelos americanos, não oferecem tanta proteção quanto máscaras cirúrgicas ou com respiradores.

Embora essa disparidade seja amplamente conhecida do público em geral, a atualização marca a primeira vez que o CDC abordou explicitamente as diferenças.  O site da agência também não se refere mais à falta de máscaras com respiradores.

A mudança ocorre à medida que as infecções com a variante Ômicron, altamente contagiosa, continuam a aumentar.  Alguns especialistas disseram que as máscaras de pano são inadequadas para proteger da variante e pediram ao CDC para  recomendar as com respiradores, para cidadãos comuns.

A agência não foi tão longe.  Sua linguagem atualizada agora diz que “um respirador pode ser considerado em certas situações e por certas pessoas quando uma proteção maior é necessária ou desejada”.

A versão anterior das recomendações dizia que os indivíduos podem optar por usar um respirador descartável N95 em vez de uma máscara “quando os suprimentos estiverem disponíveis”.

Os respiradores N95, assim chamados porque podem filtrar 95% de todas as partículas transportadas pelo ar quando usados corretamente, estavam em falta no início da pandemia.  Na época, o CDC  e a Organização Mundial da Saúde disseram repetidamente que os cidadãos comuns não precisavam usar máscaras, a menos que estivessem doentes e tossindo.

O CDC também disse que as máscaras cirúrgicas regulares eram “uma alternativa aceitável” para médicos e enfermeiros ao interagir com um paciente infectado com o coronavírus – uma medida que irritou as equipes médicas.

Os críticos acusaram que as recomendações não se baseavam no que melhor protegeria os americanos, e sim na falta de respiradores N95.

Quando o CDC finalmente recomendou máscaras para americanos comuns, enfatizou coberturas faciais de pano.  Demorou meses mais para o CDC  admitir que o coronavírus pode ser transportado por minúsculas gotículas chamadas aerossóis, que podem permanecer dentro de casa por horas.

De acordo com a nova descrição de máscaras do CDC, os produtos de tecido oferecem menos proteção e os produtos de tecido fino em camadas oferecem mais.  Máscaras cirúrgicas descartáveis bem ajustadas e KN95s – outro tipo de máscara respiratória – são mais protetoras do que todas as máscaras de pano, e respiradores bem ajustados, incluindo N95s, e oferecem o mais alto nível de proteção.

A agência instou os americanos a “usar a máscara mais protetora que puder, que se encaixe bem e que você use de forma consistente”.

TL Comenta:

No Brasil o uso de máscaras, tornou-se uma exigência burocrática, consta de todos os decretos governamentais, mas não leva em conta a qualidade do acessório protetor.

Será que a disponibilidade de máscaras N95, não diminuiria a onda  de profissionais de saúde infectados com a variante Ômicron e a Influenza H3N2?

One thought on “Máscaras de pano não protegem contra o vírus de forma tão eficaz

  • Adriana

    Mascaras de pano não são eficazes contra o vírus nem muito menos as vacinas.

    Resposta

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