19 de março de 2024
CULTURA

MINISTRO DE ESTIMAÇÃO

E7FC13A5-4B08-4AC8-8BDE-9F45349A7356Para o aprendiz de cronista, ainda sem dominar a arte de encontrar na falta de assunto, inspiração, a  folha de papel vira telinha apagada de smartphone.

Sai a Lettera Olivetti 82, entra o iPhone 11.

Sem alterego nem destinatários imaginários, resta o garimpo nas redes sociais do que possa interessar a quem escreve e ao respeitável público leitor.

Dias difíceis de entressafra com a governadora de origem popular descansando do périplo pelo circuito elizabeth arden, em negócios da China e com o mergulho de Carluxo Zero-três,  nas águas manchadas de óleo da praia do condomínio do barulho.

Nestas horas,  a tormenta é vencida pelas luzes do  farol  Weintraub, ministro de  desconcertantes ideias e firmes posições sobre qualquer coisa que considere à esquerda da extremíssima direita.

Com o irmão-siamês também da alta patente na burocracia estatal e tão loquaz quanto, a dupla dinâmica, não deixa ninguém na mão.

Monarquista, ao tentar apagar as queimadas amazônicas, afrontou o republicano francês e a estética da sua legítima esposa.

Sobrou pra Neymar Jr. que vem pagando o canard toda vez que entra em campo. 

Na  data da proclamação da república tupiniquim, reescreveu a  história  para que o Marechal Deodoro da Fonseca pudesse usurpar também o  lugar há mais de 150 anos ocupado por Calabar.

O alto proclamado ministro da falta de educação não respeitou nem a idade provecta do primeiro presidente que governou por menos de dois anos, não resistiu à revolta da armada e às constantes crises de asma, renunciou em favor do vice, colega de mesma patente (mas de ferro) e morreu,  poucos meses depois, aos 65 anos.

Traído pelos companheiros  de farda e à falta de cortisona que só seria descoberta 60 anos depois, foi comparado ao ex-inquilino da sala de estado maior da PF em Curitiba.

42210EB6-45B6-485F-BB47-585FC8775D9FAlém do ensino, pesquisa e extensão, a revelação que a universidade pública é eficiente na produção agrícola e na indústria química, é alvissareira. E estarrecedora.

Segundo nossa mais graduada autoridade educacional, as técnicas empregadas por alunos e professores no plantio, colheita e processamento, garantem a autossuficiência de cannabis sativa. Por enquanto, somente para uso recreacional.

A produção de metanfetaminas a partir das sobras de substâncias químicas de outras pesquisas, alcança elevado patamar, devendo em breve substituir o consumo interno de cocaína cujos insumos são importados e portanto, mais caros.

Rumores de reforma ministerial seletiva e até editorial do mais jornalão dos jornalões exigindo sumária demissão não parecem abalar a usina de produzir constrangimentos e saia-justas.

Quem tiver égua sarnenta e desdentada que cuide. O próximo ano letivo promete.

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