Ministro da Educação diz que INCLUSÃO de pessoas com deficiência atrapalha aprendizado de outras crianças
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse em entrevista ao programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, na 2ª feira (9.ago.2021), que a inclusão de alunos com necessidades especiais “atrapalham” o aprendizado de outras crianças sem a mesma condição.
“A questão da criança, da deficiência, que é uma das questões que passa pelo nosso ministério foi tratada. E eu acho também, por razões mais ideológicas do que técnicas, [que] ela foi rejeitada por um grupo que fez um pouco mais de barulho e o assunto foi levado ao STF . O assunto está lá para análise porque se julgou que a nossa lei era uma lei excludente. Uma lei que não olhava com carinho para os deficientes e suas famílias, mas ao contrário”, disse, informando que pessoas de sua equipe tem deficiência.Continuou, dizendo que:
“no passado, primeiro, não se falava em atenção ao deficiente. Simples assim. Eles fiquem aí e nós vamos viver a nossa vida aqui.TL COMENTAAí depois esse foi um programa que caiu para um outro extremo, o inclusivismo. O que que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia. Ela atrapalhava, entre aspas, essa palavra falo com muito cuidado, ela atrapalhava o aprendizado dos outros porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela atenção especial. E assim foi.
Eu ouvi a pretensão dessa secretaria e faço alguma coisa diferente para a escola pública. Eu monto sala com recursos e deixo a opção de matrícula da criança com deficiência à família e aos pais. Tiro do governo e deixo com os pais”….
A fala do Ministro Milton Ribeiro é absurda e certamente o maior ataque que a Educação Inclusiva recebeu nos últimos 30 anos, tempo de conquistas – que se imaginava serem irreversíveis.
O Rio Grande do Norte foi precursor nesta luta ainda nas décadas de 80/90 quando pais conseguiram com interferência do Ministério Público, Judiciário e sensibilidade de algumas escolas a concretizar a possibilidade e necessidade da educação inclusiva. Ou seja, não mais segregar/separar alunos com deficiência dos dito “normais”.
Era, até hoje, um assunto pacífico e fora de qualquer discussão séria sobre Educação contemporânea . O Brasil sempre esteve no topo com exemplos para exportação com direito a fala na Organização das Nações Unidas.
Agora, um retrocesso só comparável a quem questiona seu próprio sistema eleitoral, sugerindo fraudes sem provas de urnas eletrônicas. A ordem é retroceder. Onde se quer chegar, não se sabe.
Esse ministro era tão melhor MUDO, sem querer aparecer. Esses absurdos são sistemáticos, doentios. Espero que no futuro seja um exemplo de quão nefasto pode ser a idiotização na política.
Não merece nem comentários. Apenas, para os que excluem crianças de salas de aula. Quando o preconceito vem da própria família. Absurda. Aliás, ao que parece o Presidente e filhos nunca leram um livro. É uma chanchada mesmo. Sim. Algumas pessoas melhores caladas.