18 de abril de 2024
Coronavírus

MIREM-SE NA ITÁLIA

F7D99746-7934-401E-981C-05B386111A7FEntre outras contribuições para o avanço das ciências médicas, a pandemia viral mostra que é necessária uma ampla reforma na grade curricular dos cursos de formação.

Entre tantos especialistas, não será, nas futuras epidemias, dos infectologistas e epidemiologistas, o monopólio das entrevistas às  emissoras de TV.

Sem reconhecimento pelo Conselho Federal de Medicina,  sem um único profissional atuante no país, uma área de conhecimento, saúda os luminares, a comissão de frente, os professores-doutores, a imprensa e pede passagem.

Com incipientes núcleos de interesse em poucas universidades, deverá  se expandir pela utilidade que só será percebida quando o maior tormento enfrentado pela humanidade, em todos os tempos, passar. E for vivissecado.

Os sobreviventes ouvirão muito falar de uma palavra que muitos vão ler agora pela primeira vez.

Geomedicina.

O estudo da influência de fatores geológicos e ambientais sobre a saúde humana e dos animais.

Tem sido utilizada na toxicologia, na análise de determinantes minerais, exposição a substâncias e micróbios que provocam doenças.

Agora o vírus que não tem nem o status de organismo vivo, sem pedir cartas, entra no jogo e arrebenta a banca.

Por razões geopolíticas, a Medicina Tropical não conseguiu impor sua importância verdadeira, por tratar doenças de miseráveis.  Negligenciadas.

Foi preciso um surto que parecia uma simples virose sazonal, atingir os centros de poder e riqueza para se entender que ninguém é  imune a tudo.                                       

Não só pela falta das vacinas injustamente acusadas de provocar outros males, medicamentos baratos que não interessam a produção  pela  indústria multinacional e o apartheid social que ilude os que pensam que o distanciamento dos desafortunados, os protege.

A influência do clima na saúde das pessoas será melhor estudada. E pensada.

Para explicar, entre tantos, o porquê das regiões italianas apresentarem comportamentos  tão diferentes.

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Quando a Lombardia enterrava sua milésima vítima, a 800 kms ao sul, a Catânia contava uma. E a mais austral Calábria,  ainda não havia carpido.

A nova ciência haverá também de orientar decisões políticas.

No país continental, intensidades de agravamento continuarão entre tantas outras desigualdades regionais.

Soluções de enfrentamento, também.

Não podem ser as mesmas.

Com uma população semelhante à de Natal, Nápoles é exemplo.                                  

Mesmo não estando a 3.000 kms do epicentro da tragédia.

Nem todas as cidades precisarão construir hospitais descartáveis.

As comunas italianas estão um passo à frente.

Depois, a Geomedicina explica.

 

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