NA ÁSIA, MILHÕES PEDEM SOCORRO
Em meio à expectativa da chegada do coronavírus em nosso estado, junto com a confirmação do primeiro caso importado, um pedido de socorro inusitado vindo de muito longe.
Qual uma garrafa jogada ao mar com uma mensagem de náufrago, no passeio diário pela praia da caixa de mensagens, uma aflita solicitação de alguém que está sendo ameaçado mas tem esperança de receber ajuda. E uma pronta resposta.
Não disse como encontrou tão longe do Mar da China Meridional, alguém que pudesse resolver seus problemas.
Muito prá lá de Singapura, escreveu de Labuan Bajo, uma pequena vila de pescadores localizada na Ilha de Flores, na parte leste da Indonésia. Destino de quem quer visitar o parque nacional com suas atrações, os atemorizantes dragões de Komodo.
A princípio, podia até parecer que a ameaça seria o acometimento da tripulação e passageiros de um navio de cruzeiro, pela primeira doença global que viralizou. Em todos os sentidos.
Depois de avarias no sistema de navegação, conseguiram chegar em terra firme.
Mas aportaram numa ilha, área dominada por piratas. Daí a pressa no contato.
O capitão da embarcação já anunciou que todos os turistas devem desembarcar com os pertences e tomar outros meios de transporte já que o hotel flutuante vai atracar por algumas semanas antes de seguir viagem em segurança.
O problema do agoniado tripulante, em caso de um ataque, são os documentos e o dinheiro que mantém no cofre.
Uma grana preta de 23,4 milhões de dólares (americanos, frisou bem). Dinheiro de boa procedência legal. Herança e o que amealhou ao longo de toda uma vida, solitária e de muito trabalho.
Como diretor de operações da embarcação, é impossível sair junto com os passageiros. Tem do que cuidar até que todos sejam retirados e os consertos realizados.
Há algumas companhias de segurança mas nelas, não confia. O país tem fama de altos índices de corrupção.
Aí entra a conexão brasileira. Uma questão de credibilidade.
Resolveu enviar o dinheiro para que seja mantido em guarda ou contas bancárias confiáveis até que possa seguir para os Estados Unidos.
Reconhece que nunca encontrou o destinatário mas confia nele. Não disse por quê.
Só que a vida pode seguir mais tranquila para ambos e que fique claro que nunca iria desapontar quem lhe prestar providencial serviço.
Aprendi deixar a vida me levar e que tudo que acontece tem uma razão.
Não vê a hora do seu suplício se resolver.
Só precisa de alguns dados pessoais para a remessa dos valores através da Diplomatic Secured Security Organization.
Estou sentado à beira-mar esperando sua rápida resposta.
É melhor que o novo amigo, Mr. Leslie Simpson, fique em quarentena na parasadíaca ilha, longe do Covid-19 que aportou por aqui bem antes da sua dinheirama.