NA SAÚDE E NA PANDEMIA
Casamento de conveniência dá nisso. Pode não durar pra sempre.
A festa nem tinha bem acabado, e as rusgas começaram a sair das quatro paredes.
Rumores já indicavam que o desfecho era questão de meses.
Nessas horas, sempre surgem os que dão um jeito de evitar traumas que pensam, maiores.
Apesar dos votos de fidelidade, chega um ponto que não dá mais pra segurar.
É tempo de partir pra outro relacionamento.
Com a esperança que só os noivos têm.
(Publicação original em 20/05/2019)
ELEIÇÃO REVISITADA
Aberta a temporada dos desapontamentos com o governo Bolsonaro.
Na estação dos descontentes, as locomotivas já estão com as fornalhas ardendo.
A partida já foi anunciada.
Aos seus assentos, senhoras e senhores!
A viagem vai ser a todo vapor.
Maquinista é que não vai faltar. Tem, de auto-proclamado filósofo a cantor de rock.
Pra não ficar sozinho, com o chapéu da viagem na mão, também embarco no comboio.
Passageiro desse trem, é hora de revisitar a declaração de voto, postada em 6 de outubro, na noite dos tambores silenciosos que antecedeu o primeiro turno.
“A polarização tornou-se imensa nestes últimos dias. Não há mais terceira via. Não restou ninguém no centro.
O jogo virou.
Passou a ser jogado só pelas pontas.
Estava com Amoêdo, torcendo contra o PT.
Agora, o voto anti-PT tem uma única jogada possível. Temos que passar a bola para Bolsonaro que era a última alternativa. Só resta ele, o último homem.
O Capitão ou a quinta eleição seguida da petralhada.
Vou fazer do voto a minha arma, o meu fuzil como no hino do velho PSD.”
Uma facada e 58 milhões de votos depois, missão cumprida com louvor.
Nos aproximando dos sete meses janistas, quem disse que não nasceu pra ser Presidente, demonstra não levar mesmo jeito. Nem bagagem.
Resta um consolo.
Podia ser pior.
Magno Malta na linha de sucessão.
