Não pagar piso salarial a professor é duro golpe no discurso de Fátima Bezerra

A acusação do SINSP (Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta do RN) é contundente:

A governadora Fátima Bezerra não tem desculpa para não cumprir o pagamento do piso salarial dos professores de 12,84%. Desde o último dia de 2019, o Governo do RN recebeu uma verba extra, proveniente dos repasses do bônus de assinatura do leilão do excedente de petróleo da cessão onerosa, feito em novembro do ano passado. Os recursos foram de R$ 11,73 bilhões. Estados e municípios do Brasil interio também receberam a verba e têm usado o recurso para quitar a dívida.

Já no RN, Fátima, que é professora, não quer cumprir o piso salarial dos professores. Em vez disso, a chefe do executivo quer que o reajuste aconteça em três vezes, e sem pagar retroativo.

A luta de hoje do SINSP não é diferente do que foi em Governos anteriores. Pelo contrário.

No Governo Rosalba Ciarlini, por exemplo, houve uma greve de mais de 90 dias com o mesmo pleito, mesmas reivindicações.

Era Janeiro de 2014.  A diferença? Corda esticada com direito a greve. Outras categorias chegaram a acampar em frente a casa da então governadora.

Onde estava a então deputada Fátima? Ao lado dos sindicalistas grevistas.

Depois da mudança de lado da – inevitável – Reforma da Previdência, a Governadora Fátima Bezerra sofre um novo golpe em seu discurso de professora, sindicalista, de origem popular.

É que sentar do outro lado do balcão faz enxergar verdades até então inimagináveis. Principalmente, sem a preocupação de fechar contas a cada final do mês.