¡NO PASARÁN!
Quando as próximas gerações estiverem estudando o comportamento das autoridades e da população na Segunda Grande Pandemia, será que as duras medidas para evitar males maiores, não serão também classificadas como extremamente autoritárias?
Que a forte repressão aos que se opunham às ordens da elite científica e dominante, por via da força e forte campanha de mobilização da sociedade e da economia, não serão consideradas exageradas?
O clamor por autoridade concentradora de poderes, admiração e culto a líderes carismáticos, vistos como guias e exemplos de comportamento, serão entendidos?
O nacionalismo exacerbado, a eugenia , o fechamento de fronteiras, a mão forte do governo, o controle dos meios de produção, o confinamento compulsório de determinados grupos de pessoas, propaganda massiva, proibição de manifestações populares, medo instalado, a vida sem liberdade.
O que temos visto hoje tem tudo para que a intelligentsia do futuro possa considerar o Coronavírus SARS-CoV-2, um tremendo fascista.
(Publicação original em 15/07/2019)
MEUS FASCISTAS FAVORITOSFoi só a esquerda tirar o cavalo da sombra do poder para o rótulo entrar no radar da moda.
Não basta constranger os adversários e desafetos, chamando-os de fascistas.
É preciso caçá-los à unha. Acorrentá-los. Tirar suas máscaras. Mostrar a nudez crua. Expor suas entranhas. Salgar o chão das suas casas. Amaldiçoá-los até a quarta geração.
Por isso tanto trabalho duro, pesquisas e estudos.
O que não tem faltado são seminários, simpósios, congressos, TCCs, teses.
Nas universidades públicas, gratuitas, de qualidade e com verbas contingenciadas.
Espanando a poeira da memória, encontro os que cruzaram meu caminho e pareciam, poderiam ter sido, ou foram.
O padre alemão, prefeito e xerife do internato. Com moral pra comandar e manter em torturante silêncio, duas divisões de alunos ( dos médios e dos grandes), apenas com a autoridade do olhar. E logo a seguir, aceitar o burburinho mais ensurdecedor depois da breve oração de agradecimento pelos alimentos.
Deo gratias.
Quantos não formou para a disciplina, pontualidade, retidão, caráter e vida?
O grande médico e professor inesquecível. Descobridor de talentos e multiplicador de cirurgiões. Elegante, cordial, prestativo, humanista, desapegado das coisas materiais. Passou um bom tempo da juventude, usando camisas verdes e saudando os companheiros com um perfilado anauê.
Talvez não tenha chegado a tanto. Que diferença faz?
O presidente eleito, rejeitado por tantos, mesmo tendo proposto e acatado medidas liberais na economia e nos costumes, é condenado por detalhes tão simplórios, como o modo de repartir a cabeleira.
Não foi suficiente, ao assumir o cargo (sem muito preparo, é verdade) demonstrar que não é intransigente. Que revê conceitos. Que corrige a rota.
Menos tigrão, mais tchutchuca.
E em seis meses, nada ter feito que tocasse afrodescendentes, homoafetivos e que tais. Além de ser um pai pra lá de permissivo:
-Filho,
Você vai ser embaixador quando completar 35 anos. Talkei?A pecha pegou. No exterior, muito mal e indelével.
Magister dixit.
E como ensinam errado, certos mestres… Esqueçam o Ele não. Ele, sim.
Ponto final.
P.S.
Cuidem de desenvolver o tema. Pesquisem. Intensifiquem as buscas. Achem os culpados.
Quem sabe, não acabem encontrando um fascista de verdade para rechear miolo de quartinha e cabeça de vento.