18 de abril de 2024
Coronavírus

¡NO PASARÁN!

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Quando as próximas gerações estiverem estudando o comportamento das autoridades e da população na  Segunda Grande Pandemia, será que as duras medidas para evitar males maiores, não serão também classificadas como extremamente autoritárias?

Que a forte repressão aos que se opunham às ordens da elite científica e dominante, por via da força e forte campanha de mobilização da sociedade e da economia, não serão consideradas exageradas?

O clamor por autoridade concentradora de poderes, admiração e culto a líderes carismáticos, vistos como guias e exemplos de comportamento, serão entendidos?

O nacionalismo exacerbado, a eugenia , o fechamento de fronteiras, a mão forte do governo, o controle dos meios de produção, o confinamento compulsório de determinados grupos de pessoas, propaganda massiva, proibição de manifestações populares, medo instalado, a vida sem liberdade.

O que temos visto hoje tem tudo para  que a intelligentsia do futuro possa considerar o Coronavírus SARS-CoV-2, um tremendo fascista.


(Publicação original em 15/07/2019)


MEUS FASCISTAS FAVORITOS

Foi só a esquerda tirar o cavalo da sombra do poder para o rótulo entrar no radar da moda.                                       

Não basta constranger os adversários e desafetos,  chamando-os de fascistas.                                       

É preciso caçá-los à unha. Acorrentá-los. Tirar suas máscaras. Mostrar a nudez crua. Expor suas entranhas.  Salgar o chão das suas casas. Amaldiçoá-los até a quarta geração.

Por isso tanto trabalho duro, pesquisas e estudos.
O que não tem faltado são seminários, simpósios, congressos, TCCs, teses.

Nas universidades públicas, gratuitas, de qualidade e com verbas contingenciadas.

Espanando a poeira da memória, encontro os que cruzaram meu caminho e pareciam, poderiam ter sido, ou foram.

O padre alemão, prefeito e xerife do internato. Com moral pra comandar e manter em torturante silêncio, duas divisões de alunos ( dos médios e dos grandes), apenas com a autoridade do olhar.                                                              E logo a seguir, aceitar o burburinho mais ensurdecedor depois da breve oração de agradecimento pelos alimentos.

Deo gratias.

Quantos não formou para a disciplina, pontualidade, retidão, caráter e vida?

O grande médico e  professor inesquecível. Descobridor de talentos e multiplicador de cirurgiões. Elegante, cordial, prestativo, humanista, desapegado das coisas materiais.             Passou um bom tempo da juventude, usando camisas verdes e saudando os companheiros com um perfilado anauê.

Talvez não tenha chegado a tanto.                                  Que diferença faz?

O  presidente eleito, rejeitado por tantos, mesmo tendo proposto e acatado medidas liberais na economia e nos costumes, é condenado por detalhes tão simplórios, como o modo de repartir a cabeleira.                                 

Não foi suficiente, ao assumir o cargo (sem muito preparo, é verdade) demonstrar que não é intransigente. Que revê conceitos. Que corrige a rota.

Menos tigrão, mais tchutchuca.

E em seis meses, nada ter feito que tocasse afrodescendentes, homoafetivos e que tais. Além de ser um pai pra lá de permissivo:

-Filho,
Você vai ser embaixador quando completar 35 anos.                                     Talkei?

A pecha pegou. No exterior, muito mal e indelével.                        

Magister dixit.                             

E como ensinam errado,  certos mestres… Esqueçam o Ele não.                Ele, sim.        

Ponto final.                                                     

P.S.

Cuidem de desenvolver o tema. Pesquisem. Intensifiquem as buscas. Achem os culpados.                                   

Quem sabe, não acabem encontrando um fascista de verdade para rechear miolo de quartinha e cabeça de vento.

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