25 de abril de 2024
Coronavírus

NOTAS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

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Eugênio Sigaud, 1899-1979


Os eleitos pelo voto popular estarão sempre em avaliação. Sob diferentes ângulos. E olhos.  Dos adversários, críticos; dos apoiadores, benevolentes.

A imprensa cumpre seu mister, respeitando um calendário não oficial. As mídias sociais fazem o resto. O tempo todo. Enquanto o STF deixar.

Ao fim dos primeiros cem dias,  do semestre e do ano, análises, balanços e balancetes.

Prós e contras. Virtudes e pecados. Acertos. Deveres e haveres.

Na sesmaria do Rio Grande, virada a primeira página, a pauta única continuava. Sem planos,  todos os esforços concentrados nos salários dos servidores. Que continuavam atrasados.

Então a  pandemia chegou. Antes do ano novo começar pra valer. Brincou a folia momesca na maior animação e anonimato e só deu as caras na quaresma.

Pra começar, toque de recolher, agenda de sobrevivência e relógios parados.

Ou alguém tem dúvida que no futuro, contaremos os dias, meses e anos, antes e depois do coronavírus?

O platô da curva pouco achatada em que nos encontramos, é ponto de observação adequado para uma análise preliminar do desempenho da governadora e do seu governo.

Antes do paciente zero, a fé na proteção da padroeira seria a salvação.

‘Aonde esta imagem aportar nenhuma desgraça acontecerá.’

Às primeiras cobranças de medidas mais efetivas que decretação de expediente corrido nas repartições públicas, mais negação e  repúdio. Claramente, para evitar pânico.

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Eugênio Sigaud


Não havia aulas (pela greve dos professores), os serviços estavam fechados há anos, (por falta de recursos e prioridades) mas os viajantes vindos da
Europa infectada continuavam sem qualquer vigilância sanitária.

Orientações de higiene e distanciamento não combinavam com a ameaça de falta d’água.

O susto da contagem incessante levou à importação do terror nas previsões de números catastróficos e cenários tenebrosos.

Justificativas para o fique em casa e medidas que reduziram a atividade econômica ao essencial.

Anúncio da solução com hospitais de campanha. Sorte de ter perdido a onda e aprendido uma lição. Os que resolvem, são os de verdade.

Organizar, ampliar e melhorar o que se tem.

A crise cada vez maior e o último pedido de socorro. Salvação que vem de fora.

Abraço de afogados no consórcio companheiro e transferência de responsabilidade para os remediados da família federativa.

Mistura de síndrome de pânico e mania de perseguição traduzida em anúncio de punição por notícias falsas. Como se alguém pudesse imaginar   piores que as bebidas  nas fontes oficiais.

O tempo isolado, longo pra quem cedeu e curto para o preparo das defesas, acabou.

O inimigo com seu ritmo alucinante, não esperou por ninguém.

É hora de usar as armas que se tem.

Contar com a bravura dos soldados no front, cientes que ali, infantes, ex-combatentes e trincheiras improvisadas são frágeis e pouco eficazes.

A tática da resistência não desobriga os estrategistas de olharem mais pra frente.

Quem vai alimentar e cuidar dos sobreviventes?

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Eugênio Sigaud

* (São notas prévias. O resultado final  desta avaliação será conhecido em 2022).

 

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