24 de abril de 2024
Coronavírus

NUNCA MAIS COMO ANTES

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Na reabertura das indústrias, comércio, escolas e prestadores de serviços,  a retomada da atividade econômica é a prioridade indiscutivel.

Em outras epidemias, houve duas motivações para a volta ao normal.

Quando a doença arrefeceu e parou de atingir as pessoas.

Ou quando as pessoas cansaram do confinamento e mesmo sem autorização dos governos, resolveram correr os riscos.

A pandemia 2020  em tudo é diferente e já é esperado como certo que depois dela, ou com ela em convivência suportável,  surgirá o novo normal.

Quatro meses depois dos primeiros isolamentos, além do uso de máscaras, é tempo de se discutir outros aspectos na vida em comunidade que retomará seu curso. Diferente, sem dúvidas.

A primeira é definir quais grupos de risco deverão permanecer cumprindo medidas restritivas. E o que será permitido que façam.

A análise atenta e calma dos dados que estão sendo apurados, deve ser a baliza para fixação da faixa etária e condições físicas que continuarão em distanciamento social. E no que consistirá.

Mais de 50.000 americanos que viviam ou trabalhavam em lares para idosos, morreram devido ao coronavírus. Representa 40% de todas as mortes. Um número desproporcional foi computado em instalações que atendem pacientes mais pobres.

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Pessoal da área da saúde com idade mais avançada, acima dos 60 anos,  já foi afastado das linhas de frente em hospitais americanos e também da Itália, França e Espanha.

Médicos, enfermeiros, técnicos e terapeutas idosos não deverão mais trabalhar em serviços de pronto atendimento, remoção e atenção domiciliar.

Como norma e não, opção individual.

Neste grupo de risco, entre nossas pranteadas vítimas na categoria médica, todos sabiam ou foram alertados dos perigos mas preferiram o jogo da sorte.

Tiveram o azar de confiar nos cuidados pessoais como arma defensiva na exposição ao inimigo inclemente e completamente desconhecido.

Urge que cuidadores de enfermos em casa e acompanhantes de idosos,  tenham uma mínima gerência.

Em Nova Iorque, cuidados com eles são a prioridade dos órgãos de controle e vigilância sanitária.

Estão sendo exigidos testes semanais para o coronavírus e controle no fluxo destes profissionais.

Além de serem dos principais vetores na propagação da doença, foram  vítimas em número significativo.

As casas de repouso demandarão mais atenção, supervisão médica com olhar epidemiológico, utilização de medicamentos na prevenção da virose e plano de ação para qualquer irrupção de casos isolados.

A atenção básica deverá ampliar o tele-atendimento para controle e acompanhamento de hipertensos e diabéticos.

Obesidade, com mais  clareza e sinceridade, encarada como doença, merece receber tratamento adequado. Incluída maior acessibilidade ao cirúrgico.

Saberemos o que é uma aglomeração e o que permite segurança em ajuntamento de pessoas.

Haverá amanhã. E depois de amanhã, vai ficar tudo bem.

Não seremos  os mesmos que somos.                    Nada será o que é.

2 thoughts on “NUNCA MAIS COMO ANTES

  • Gonzaga Costa

    Texto reflexivo!
    Conteúdo rico em recomendações e observância!
    Parabéns Doutor Domício!
    Permita-me repassar!

    Resposta
    • Domicio Arruda

      Obrigado pelo estímulo para continuar a escrever.
      Temos muito a refletir sobre o que nos afeta tão intensamente.
      Agradeço a divulgação.

      Resposta

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