O bom e o ruim da quarentena por Elza Bezerra Cirne
Este colunista tem sorte, pois consegue trazer para este espaço gente de raízes e valores, e de sensibilidade.
Estou falando da bloguer, cronista, escritora, fotógrafa e viajante Elzinha Bezerra Cirne.
Pela sua postura, seu olhar atento-observador, suas impressões e reflexões, Elzinha é uma das pessoas que sempre gostamos de ouvir. E assim, a convidamos para participar da série “o lado bom e o lado ruim da quarentena”.
E, como era de se esperar, Elzinha deu show na sua análise sobre o tema. A seguir…
Antes da Covid-19, muito se falava sobre a necessidade de desaceleração da humanidade, acometida de graves transtornos pelos excessos.
Infelizmente essa “parada” veio de forma trágica, com um vírus aniquilando milhões de vidas humanas. Esse é a pior parte da pandemia: a perda de entes queridos. Não vou me prolongar nesse aspecto, já está massivamente exposto.
Prefiro enaltecer o lado positivo, com todo respeito às vidas perdidas e ao sofrimento causado por essa onda de isolamento social, incertezas, tentativas, erros, acertos, perdas materiais e, sobretudo, emocionais.
O recolhimento permite o exercício da paciência, saborear a sobra de tempo, reencontrar espaços esquecidos, aprender a viver com menos, valorizar mais o ser do que o ter, revigorar a necessidade de convivência.
Ao final, o reencontro com as pessoas queridas regado a abraços e beijos de emoções saudosas e verdadeiras.