18 de abril de 2024
OpiniãoPolítica

O lançamento de Garibaldi Federal e o recado das urnas

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Janeiro chegando a sua metade e já pode-se dizer que a política do Rio Grande do Norte tem uma novidade para marcar o Veraneio de 2022.

Uma novidade mais ou menos anunciada e esperada, é verdade.

O ex-governador e ex-senador Garibaldi Alves Filho vai ser candidato a deputado federal no lugar de seu filho, presidente estadual do MDB, Walter Alves.

O anúncio vem depois de um rompimento “político e familiar” tardio com o primo e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves. Tardio porque a motivação foi a votação reduzida de Walter em 2018.

Gari atribui a Henrique a redução da votação do filho em mais de 100 mil votos.

À imprensa disse, quase quatro anos depois, que o primo “fez tudo para deseleger Walter”.

A conclusão veio depois também de Henrique ter seu processo anulado pela Corte de Brasília em dezembro último e, por consequência, estar “livre, leve e solto” para voltar ao tabuleiro político eleitoral.

ENXERGAR É PRECISO 

Agora, Gari pode ser o federal do MDB e enfrentar o primo de tantas lutas na mesma legenda. Isso o tempo dirá.

Mas antes disso poderá aproveitar para fazer uma leitura e auto-crítica do recado das urnas do pleito de deputado federal em 2014 e 2018 no Rio Grande do Norte.

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A primeira, de 2014, o filho foi campeão de votos com mais de 191 mil votos.

Ocupava o lugar e o número do primo Henrique, que candidato ao Governo do RN, saiu vitorioso no primeiro turno e derrotado no segundo contra Robinson Faria (PSD).

Já em 2018 a redução significativa e indigesta.

Vale lembrar que a realidade não foi só dele! Ou da opção de Henrique em votar em Benes Leocádio, mesmo sem sair de casa para fazer campanha ou ter condições políticas favoráveis para tal.

Era um Ex-preso, no período inicial da campanha ainda em prisão domiciliar.

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Vale lembrar ainda que o “fenômeno” ocorreu  para todos que  representavam a chamada política tradicional do estado.

O próprio Garibaldi, que foi eleito com mais de um milhão de votos 2010, chegou em quatro lugar na disputa do Senado  de 2018.

O ranking inesperado das últimas eleições foi Capitão Styvenson com mais 745 mil votos, Zenaide Maia com 660 mil, Geraldo Melo com mais 382 mil, Garibaldi Alves Filho 376 mil, Antônio Jácome , 307 mil.

Foi o resultado que revelou vitória da anti-política, da busca pela novidade, do arriscar sem qualquer receio.

O mesmo Garibaldi que teve 35% dos votos para o Senado em 2010, só teve 12% em 2018.

É um recado tanto. Sem culpados e que convém anotar.

O QUE QUER O ELEITOR 

Agora, a pergunta; o que o eleitor de 2022 espera e vai apesar nas urnas?

O eleitor decepcionado com a “nova política” de Bolsonaro o rejeita em mais de 66% faltando nove meses para o pleito.

O eleitor que parece ter absolvido o ex-presidente Lula e o tornar o menos rejeitado entre os quatro primeiro colocados.

As urnas vão cacifar as pesquisas de agora?

Mais. Esse eleitor é o mesmo que rejeita as novidades vitoriosas para o Parlamento?

É isso que a experiência e sensibilidade de quem disputou e venceu mais de dez eleições pode avaliar.

O que Garibaldi vai colher nas andanças que começa a fazer ao lado do filho Walter?

Se possível, abstraindo o coração e analisando o desejo do eleitor em números. Uma realidade difícil de ignorar.

A autoridade fria e imprescritível sem pai e mãe, sua excelência o eleitor..

O recado vem da regra clara; Os vencedores começam por querer enxergar o que está posto.

6 thoughts on “O lançamento de Garibaldi Federal e o recado das urnas

  • anapaula

    A culpa de tudo e de qualquer coisa é do BOLSONARO.
    E vocês têm ódio de BOLSONARO.
    BOLSONARO 2022!
    SEM URNAS FRAUDADAS.

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      • Ary Maia

        Usou algo que afetou o juízo dela! Deve ter sido o kit covid que Bolsonaro prescreveu para seus fanáticos!

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  • PedroArtur

    Quem assina a materia e Cassiano Arruda! Cassiano ele falou que estava de ferias , entendi, a materia fala em Henrique Alves…..

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    • observanatal

      Eu estava estranhando que esse blog não falasse sobre o assunto. Tem que falar, seja Cassiano assinando, seja a jornalista.

      Há uma semana essa conversa mole de Garibaldi querendo enganar trouxa.

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  • observanatal

    O filho de Garibaldi nunca deve ter levado um não na infância. Mimado.

    As entrevistas, o esforço em desmobilizar o henriquismo, demonstra preocupação justamente com essas urnas de 2018 que serão pioradas em 2022. O que as pessoas dizem sobre Garibaldi nas ruas: Ingrato. O que as pessoas dizem sobre Waltinho: Canalha, está preferindo sacrificar o pai.

    O MDB já declarou apoio à Lula? Waltinho e Garibaldi sequer são perguntados sobre isso.

    Garibaldi quer encerrar o assunto Henrique Alves, porque o barulho nos bastidores não são favoráveis ao pai e filho. A dissimulação de Garibaldi é uma tristeza e uma decepção ao eleitor bacurau. Já Walter Alves, ninguém esperava coisa boa.

    Quem tem voto que faça nominata e seja eleito.

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