OLHA O GÁS!
Fazer do nosso petróleo cru, que não é esses brents todos, uma gasolina de boa octanagem, é a oportunidade que temos e não podemos perder.
É a melhor limonada a ser servida aos potiguares. Harmoniza bem com royalties.
Não é hora pra desespero.
Perplexidade, tudo bem.
É coisa que dá e passa.
Não vale a pena apurar as falhas no setor de informações que não percebeu que a Petrobrás anunciava, há mais de um ano, que venderia seus ativos no estado.
Ali, já estava tirando o time. E transferindo seus jogadores para o Espírito Santo F.C.
Vai ver, ninguém acreditou que a estatal em crise, com grandes dívidas, pudesse passar sem a sociedade com a Potigás.
Deixa isso pra lá.
Uma guerreira não descansa.
Saída da fase mais crítica da pandemia, já dá pra devolver o púlpito e microfones para os estatísticos e botar a mão no óleo.
No mercado mais sensível de todos, não se esperava que a atividade permanecesse a mesma, passados 40 anos.
Novos tempos, outras saídas.
Tem situações que nem greve resolve. A não ser que os companheiros façam o contrário do esperado.
Se a empresa quer parar de produzir, por que os trabalhadores sindicalizados não permanecem em seus postos, furando mais poços, bombeando o preciosíssimo líquido, estocando até encher os tanques?
Paralisação da paralisia é manchete de jornal, equipes de TV de plantão e muitas rodadas nas mesas de negociação.
Precisamos destas ideias revolucionárias.
Pensar fora do barril.
Esqueçamos o público versus o privado. E a dialética.
Neste ramo de negócios, tudo dá certo.
A democracia holandesa lucra tanto quanto a ditadura saudita.
A Exxon Mobil e a Rosneft arrombam igualmente, a boca do balão das bolsas de valores.
Precisamos achar nossa turma, como se faz depois que a antiga namorada resolve dar um tempo na relação.
Pra começar, um novo comitê de assessoramento deve ser formado. Por sorteio ou sistema de rodízio, tantos são os especialistas disponíveis.
O coordenador, é uma unanimidade.
O único problema é alguém convencê-lo das suas poucas chances nas próximas eleições, pra espantar de vez a mosca azul.
Candidatos não costumam acreditar em pesquisas. A não ser que estejam na frente.
Melhor até se aceitasse uma secretaria extraordinária, com a mesma importância da de Mineiro.
Arranja-se um nome pomposo, evocando todo tipo de assunto energético.
Vento, petróleo, red bull, gás, sol e biomassa (ou o nome popular).
Com a licença, assume o primeiro senador comunista de origem na aristocracia rural do semi-árido.
Estaremos então, fazendo História.
Podemos tocar os negócios.
Talento é o que não nos falta e o Twitter está cheio de empreendedores em disponibilidade.
Só precisamos escolher bons parceiros.
Os chineses topam tudo. Depois que terminarem a fábrica de bicicletas que começaram no governo Garibaldi e inaugurarem a de painéis solares acertada na última viagem, eles botam Clara Camarão pra moer de novo.
Pode-se também convidar os venezuelanos. Com a experiência de Abreu e Lima, a PDVSA está bem familiarizada com a região.
Eles têm know how em plataformas marítimas e acesso a novos mercados para exportação.
São assim com os russos e no Irã, não precisa nem falar. Entram sem bater na porta.
E se é por falta de adeus, não seja por isso.
É só lembrar do que disse Lula pra Dilma:
–Tchau, querida!