Organizadores do protesto do próximo domingo, 12 de setembro, como MBL, Vem Pra Rua e Livres, recuaram nesta quarta-feira, 8, da ideia de convocar manifestantes apelando para o mote “nem Bolsonaro, nem Lula”.
O foco passou a ser um só: contra o presidente da República. O consenso não veio de forma tranquila.
Houve muita resistência em considerar a possibilidade de abrir espaço à esquerda lulista nos protestos.
Por razões óbvias: os organizadores foram algozes de Dilma Rousseff.
A ideia de um ato sem bandeiras de partidos também foi pelos ares. Presidenciáveis e siglas da oposição estão convocando suas militâncias.
Ciro Gomes (PDT), que já chamou integrantes do MBL de “Zé Bostinhas”, considera estar no caminhão de som do movimento no próximo domingo. Seu partido avisou que estará na rua.
ESQUERDA SEGUE DIVIDIDA
Organizadores dos atos da esquerda contra Bolsonaro se dividiram.
O Acredito e centrais sindicais vão aderir ao protesto do dia 12; a CMP e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo avisaram que não vão se misturar.
Além de figuras da oposição, estão confirmados nomes como o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), o deputado Fábio Trad (PSD-MS), o senador José Anibal (PSDB) e o ex-ministro Henrique Mandetta (DEM).
TL COMENTA
O deputado Kim Kataguiri, do MBL, percebeu que o momento não é de selecionar com quem caminhar.
E por isso está mobilizando a turma que já fez barulho em 2016 para baixar a guarda contra a esquerda e focar no objetivo comum: #ForaBolsonaro.
As bandeiras e cartazes “Nem Lula, Nem Bolsonaro” vão ficar guardados para outro momento.