PELAS MULHERES NO PODER
Enquanto o mundo andou parado, esperando a tormenta passar, os pilotos sumiram e as mulheres assumiram manches e postos mais estratégicos.
A guerra insana de um homem só, pode ser a prova mais evidente: com elas, o botão vermelho é mais embaixo.
Nas vizinhança e linha de tiro da expansão russa, suecas e finlandesas já avisaram: aqui não, balalaica.
As primeiras-ministras destes países pacifistas reafirmaram independência e livre relacionamento com outras nações, sem preconceitos, nem medo de vizinhos truculentos.
A esperança sonhada durante o isolamento forçado, quando a vida em câmara lenta voltaria a acelerar, fez-se realidade
Todos em frenesi, correm em busca do tempo perdido, dos prejuízos, dos negócios interrompidos, da recuperação, do PIB, do aumento da produção, das vendas, dos sentimentos congelados e dos amores interrompidos.
E houve quem pensasse que nada iria mudar.
Que sobrariam somente as lembranças do confinamento e a imensa saudade dos que foram tragados pelo tsunami que veio do oriente.
No enfrentamento à pandemia, o antes chamado segundo sexo, assumiu o comando estratégico.
Com sutiãs salvos das fogueiras, sem novos projetos de lei, sem pesquisas, eleições, passeatas, nem gritos de guerra. Sem papo chato de feminista machista, mas com leve beleza.
Agora é com elas.
A ordem mundial e as peças do tabuleiro mudaram de lugar.
Além de Finlândia e Suécia, Alemanha, Noruega, Lituânia, Taiwan, Nova Zelândia, Islândia, Dinamarca, países governados por mulheres, enfrentaram melhor a tragédia.
Nas regras que surgiram em meio ao caos e medo, CEOs, supervisores, superintendentes, traficantes, pilotos, coronéis, juízes, jogadores de futebol, gerentes e tantos mais cargos masculinos foram rebaixados para o departamento do pessoal em disponibilidade.
Agora, são outras as ocupações essenciais e os postos vitais, os mesmos que já vinham sendo ocupados por elas, sem o devido reconhecimento.
Em cada dez enfermeiros, nove são mulheres.
A proporção é semelhante entre auxiliares de enfermagem e terapeutas respiratórios.
A maioria dos farmacêuticos e auxiliares e técnicos de farmácia, disputa o campeonato na liga feminina.
São quatro enfermeiros para cada policial. Mesmo assim, os hospitais reclamam da escassez de gente pra cuidar e salvar mais gente.
Mais de dois terços dos trabalhadores em caixas de supermercados são mulheres.
Nesta massa de trabalhadores em funções indispensáveis e insubstituíveis, quatro em cada cinco, são mulheres.
Nos lares em quarentena, as tarefas foram distribuídas sob as ordens de quem detinha o conhecimento, know how, aptidão e tino gerencial.
No novo normal, os antigos provedores viraram exímios lavadores de pratos e vasos sanitários.
Vou dá uma opinião muito particular. Acho que as mulheres são bons exemplos para as filhas, quando optam pela mesma formação da mãe. Mas, cada história é única. Como minha última experiência foi na Ufrn, contatei na própria pele que algumas mulheres são terríveis. Era professora com boa formação, atuando no ensino, pesquisa e extensão. Minha filha viu o que tinha passado na academia e não se propôs a ensinar. As mulheres são terríveis e na Ufrn tem dos dois tipos: extrema direita e extrema esquerda. As ligações informais aqui são relevantes. Trabalhei para alguns gestores ligados a oligarquias locais. Não tenho vocação para puxa-saco, nem de não visualizar a realidade local sem visão crítica. Continuo escrevendo artigos científicos. Bom você lembrar sobre as mulheres. São terríveis, relevante colocar homens nas equipes.