19 de abril de 2024
Política

PREFEITO GENÉRICO

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Este ano tem candidato pra todo gosto. Se bem que não se consegue com clareza reconhecer os sabores e as diferenças entre eles.

Uma rápida análise das principais propostas extraídas dos programas de governo, não ajuda.

Na eleição que deverá ser diferente de todas as outras, os sinais já se fazem notar.

Nas pesquisas, o grande número de indecisos e a intenção do voto em branco é a evidência maior que desta vez quem mudou foi o eleitor.

Agora, sem grandes exigências nem entusiasmos, o novo é quem elege.

O eleitor,  convalescente da doença coletiva, sabe bem até onde vão  as sandálias do sapateiro-prefeito.

O que vai sair desta galinha, é ovo bem conhecido. Independe da plumagem e do cacarejo.

Esta é a campanha da modéstia.

Pé no chão, olho no orçamento limitado e ouvidos moucos aos empréstimos a fundo perdido e generosidade federal.

Sem aerotrens nem engarrafamentos de aviões superlotados de turistas.

Todos lembrados de perguntar aos russos.

E às autoridades sanitárias  portuguesas e espanholas quando será permitida a travessia do oceano para férias à beira-mar.

Os turistas sem dólares nem euros continuam bem-vindos.

E a depender das mudanças climáticas, o fog na Londres nordestina.

Até as promessas de  ônibus para viagens nas nuvens não resfriam mais as cabeças de quem aos desabrigos do sol, sabe muito bem que viajar de graça, só se for a vela. Ou a remo.

Ninguém prometeu ainda uma nova ponte. Nem duas.

Esqueceram das ciclovias, sempre uma boa imagem na TV, solução só para os outros. E mais espaço para os carrões.

Não teremos nos próximos quatro anos, nenhuma fábrica nova para empregar aos milhares.

Parece que a pandemia também tem efeito paralisante.

Tudo vai ficando para depois. Sem previsão de quando as coisas voltarão a acontecer pra valer.

Com 14-1 candidatos, dois pra cada cor do arco-íris e um multiplicado por quatro, a escolha tende a  recair no bege.

A vida em isolamento, transformou o eleitor num ser mais distanciado.

Das paixões partidárias paroquiais, piadas elegíveis, promessas mirabolantes e plantadores de sonhos irrealizáveis.

Tudo agora tem de ser mais simples. Importantes são as coisas essenciais.

Enfeites, adereços e supérfluos ficarão por mais algum tempo, esquecidos nos fundos das gavetas das prioridades.

As expectativas do eleitorado nunca foram tão humildes. Leva vantagem quem se posiciona na curva achatada.

Esqueçam as ascendentes e os picos gloriosos

Esta também é uma eleição LGBTQI+

Liberais, Governistas, Bolsominions, Trabalhadores, Quase comunistas, Intendentes e quem mais quiser aparecer.

Tem de todo gênero.

Bem intencionados, prometem melhorar a vida de todos, anunciando um mundo alegre e colorido. E funções que a natureza não os permite realizar.

Quem ganhar, vai administrar, com limitados recursos, os conhecidos e velhos problemas  resistentes ao tempo e às eleições.

As  urnas vão revelar o que está provocando a mudança no jeito de se escolher em quem votar:

É a economia pós-pandemia, estúpidos.

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One thought on “PREFEITO GENÉRICO

  • Geraldo Batista de Araújo

    Álvaro merece continuar.

    Resposta

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