Que tal pagar R$ 8,25 por tarifa de ônibus em Natal?
Essa foi a “real” que o Seturn informou durante audiência de conciliação nessa sexta-feira (17), presidida pelo juiz Artur Cortez Bonifácio, da 2ª Vara da Fazenda Pública.
A Tribuna do Norte trouxe matéria detalhada sobre a novela, que parece sem fim com argumentos plausíveis incontestáveis e um prejudicado maior; o usuário.
O preço das passagens, que hoje é de R$ 3,90 para pagamento em cartão e de R$ 4 para pagamento em espécie, portanto, mais que dobraria.
De acordo com o coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão, o estudo levado à audiência teve como objetivo apontar “as consequências” do retorno total das linhas de ônibus.
“Isso implica em algumas questões e uma delas é o reflexo financeiro.
Se for cumprida a quantidade de ônibus que tínhamos em 2019, a tarifa teria que ser de R$ 8,25.
E, com o cenário do volume de passageiros transportados hoje, o Seturn defende que a oferta deve se ajustar a esse fator”.
REALIDADE É OUTRA DE ANTES DA PANDEMIA
Segundo ele, a demanda de passageiros atualmente em Natal corresponde a pouco menos de dois terços do que havia antes da pandemia.
Eram cerca de 350 mil usuários transportados em dias úteis. Atualmente, são cerca de 200 mil por dia, segundo o Seturn.
LICITAÇÃO MAIS QUE URGENTE
O coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão disse que, durante o encontro de conciliação, o Seturn defendeu o lançamento imediato do edital de licitação do transporte público de Natal.
Esperado há anos. “Nós não temos contrato e essa licitação é necessária para que se fique muito claro quais são as regras a respeito dos deveres e obrigações dos permissionários e concessionárias”, explicou.
Vai ser melhor melhor ir de Über
É interessante como Natal é uma cidade arcaica com mania de riqueza, e só quem leva a pior é o usuário.
Comparando Natal a Amsterdã temos praticamente a mesma população, menor território e frota e opção de transporte público infinitamente menor.
Lá existem 200 tram ( equivalente ao VLT que aqui só tem 5 ) rodando em 14 linhas ( que aqui são 2 ) .
Ônibus lá são 200 que rodam 24 HORAS ao contrário daqui, que dizem ser 750 ( duvido muito ) justamente pela falta de um serviço de VLT que preste.
Ainda existe a opção de metrô que tem 4 linhas , com destino a regiões mais afastadas da cidade, e passam a cada 10 MINUTOS. ( aqui tem dois trens que compartilham a MESMA LINHA dos VLT…. Aplaudam de pé a pessoa que teve essa brilhante ideia )
Os preços nem da pra comparar, pois lá se ganha em Euro e as cobranças são por distância percorrida e não por viagem. Mas ainda assim, mais baratas proporcionalmente ao que se ganha do que aqui.
E ainda tem a BICICLETA, que tem uma proporção de 1 pra cada habitante de Amsterdã. Uma rede de mais de 760km de ciclovias ( ciclovias DE VERDADE, NÃO essa linda idéia de colocar ciclista pra compartilhar espaço com ônibus…. Mas uma vez, palmas pra o responsável! ) que interligam a cidade toda, logo é possível ir pra QQ lugar de bicicleta, seja trabalho ou lazer.
Enfim… Já passou da hora de Natal, se tornar o que ela “posa” ser.