29 de março de 2024
História

Renuncia de Jânio Quadros, um sonho que só durou sete meses

.images

Eleito como líder de uma verdadeira revolução pelo voto, Jânio Quadros representava um novo modelo de políticos de uma nova geração, como John Kennedy e Fidel Castro, mas renunciou o mandato surpreendendo a todos, sete meses depois de sua posse, há 59 anos, no dia de hoje.

Ele, inscrito pela UDN , derrotou o marechal Lott, do PSD, que tinha o apoio do presidente Juscelino Kubistechek que saia nos braços do povo com a construção de Brasília, mas tinha pouca identidade com ele.

Jânio introduziu um novo estilo de Governo, inserindo o Brasil numa onda de renovação da política mundial. O candidato que percorreu o Brasil com uma vassoura na mão, para varrer a corrupção governou vestindo um safari indiano e abolindo a gravata.

SETE MESES ALUCINANTES

O Presidente Jânio Quadros subira ao poder, com apoio da direita e da ala populista. Apesar de não contar com maioria no Congresso, passou a governar com grande afirmação, eleito que fora por maioria absoluta.

Seu vice-presidente, João Goulart, fora eleito graças ao trabalho em prol da dupla “JAN-JAN” (Jânio e Jango). A Constituição de 1946 à época permitia que o presidente e o vice-presidente tivessem as votações separadas e fossem de partidos diferentes. Apesar de João Goulart representar o partido da oposição (PTB), não oferecia ameaça à forma de governar de Jânio.

Tinha Jânio estilo próprio. A tônica era a dos “bilhetinhos” (se antecipando ao estilo de governar por twiter), que com desenvoltura e êxito, ele próprio escrevia, substituindo os protocolares ofícios. Com o passar do tempo algumas ações espetaculares começaram a deixar preocupados os que depositavam absoluta confiança em seu governo.

A maior consequência veio quatro anos depois, com o movimento militar que depôs João Goulart.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *