28 de março de 2024
Política

RESENHA DA VISITA

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Ninguém esperava tanta movimentação, festa e alegria.

Nem quem secou de véspera  as inaugurações, como obras insignificantes e de governos anteriores.

Quem dizia que Temer era que merecia ter vindo tomar a ducha em Ipanguaçu.

Faltou  até a turma que desfralda qualquer bandeira por dez merréis e um sanduíche de mortandela.

Andam comentando pela Praça do Codó que o preço dos militantes de protestos já andava inflacionado, em viés de alta.

O efeito auxílio emergencial é o vilão desta estória. Tem liderança oferecendo serviços no mercado futuro. Pra quando acabarem com a benção das 600 pratas.

Era gente em banda de lata.

Não foi nem preciso formar os meninos das escolas, para o dia histórico da visita do Presidente da República.

Das outras vezes, até feriado davam.  O trabalho em home office dispensou os decretos para ponto facultativo.

Cinco meses enfurnado, na primeira flexibilização pra valer, o mundão de gente estava doido pra voltar  às ruas.

Ninguém resistiu. Pelos cálculos, até  os esquerdopatas estavam lá. Sem serem notados.

Se a tática foi a de resistência  silenciosa, não funcionou. Vão agora ter de fazer uma reunião em webinar para levantar esta discussão. Onde erraram?

O vacilo rendeu até a nomeação da primeira reitora de origem popular.

O muído é que o rebuliço foi tão grande, capaz de deixar  Isolda tristona.

O capitão deu uma aula para político nunca mais fazer como se fazia antes.

Ninguém de paletó.

Neca de gravata.

De cor nenhuma. Sem recados subliminares na tira de pano enrolada no pescoço, muito usada  por tapioca pra mostrar quando estava na muda para o lado do governo.

Polêmica é o que não faltou.
Se a prefeita foi mais vaiada que aplaudida e o uso da máscara pelo convalescente, foram as de maior
instituto seta.

Não avisaram a Emmily que os arapongas da comitiva andam com um aparelho que embaralha o sinal das afiliadas.

Desse jeito foi impossível mostrar  mais de 20 vezes que o homem estava sem máscara.

Como fossem repórteres da Rádio Tapuyo e ninguém estivesse vendo, nem notado.

Reclamaram dos discursos curtos. Não se consegue agradar a todos.

Quilométricos fossem, seria do mesmo jeito.

E olhe que mesmo falando pouco, deu até pra contar a última broxada.

A mídia convencional perdeu a oportunidade de aprofundar o puxa-encolhe da eficácia dos protetores faciais na prevenção da transmissão da virose.

Era para terem entrevistado pelo menos, um epidemiologista ivermectino-cloroquino para explicar que os comprovadamente curados, não transmitem, nem pegam mais a doença.

E algum cientista, doutor em infectologia do semi-árido, para o contra-ponto. Pra dizer que não há evidências científicas e a OMS, assim não orienta.

Que os ministros conterrâneos deram um espetáculo, não se discute.

Fora alguns exageros.  Como lançar o saco alvinegro pra ser o sucessor do homem. Foi meio over.

O das comunicações poderia ter faturado mais o road show.

Era pra  ter trazido a família, mulher e sogro. A audiência teria bombado.

O pai, se foi visto, ninguém reconheceu.

Andam falando que ele está dobrando a quarentena por conta de um pequeno exagero no botox.

Os cientistas sociais e analistas políticos já dão como certo que a curta excursão trará consequências  gigantes para a disputa eleitoral.

Depois de conquistar Angélica, o capitão-presidente já deixou pelo menos um adversário fora do páreo.

E obrigou Lula a apressar a 14ª caravana da cidadania, com promessa de uma chuveirada em Lajes.

O regabofe, à seca, foi decepcionante para empresários que só puderam tirar fotos, de longe,  e com pau-de-selfie.

Um deles, íntimo de já ter ouvido o amigo falar palavrão,  revelou o motivo de não  ter chegado perto.

De máscara, ele não me reconheceu.

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Foto: Isac Nóbrega

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