20 de abril de 2024
Política

SANTA LIÇÃO

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Um complexo em férias.

Como acontece a cada quatro anos, o brasileiro tem a rara sensação de estar à frente da mais rica nação do mundo, nem parecendo o vira-lata que a tudo imita dos cães de raça e vistosa pelugem.

Resquício do ufanismo que se repetia com a mesma periodicidade, a cada Copa do Mundo, quando ainda era considerado o melhor futebol do mundo.

Sem levar em consideração os custos de manutenção da estrutura dos tribunais eleitorais e o que se gasta a cada dois anos, o sistema de votação é orgulho nacional.

Saber quem vai governar, poucas horas depois do último voto computado, deve fazer uma enorme diferença.

Como se a definição do vitorioso em dois ou três dias, fizesse do eleito um pior governante.

A inevitável comparação com o sistema eleitoral americano é sempre acompanhada de sugestões evidentes, lógicas e dispensáveis.

Mesmo sem entenderem por inteiro o processo, analistas políticos e jornalistas especializados sabem tudo o que os institutos de pesquisas costumam desconhecer.

É só começar a contagem dos votos.

Não há quem não critique a não adoção do voto universal.

Uma pessoa, um voto e estamos conversados.

Simples assim.

Não há perspectiva que ocorram mudanças. E não adianta indignar-se com a vitória de um candidato com milhões de votos populares a menos que o derrotado.

Não tão simples assim.

No mais populoso estado americano, a Califórnia, depois das prévias, não houve presença dos principais candidatos fora dos anúncios pagos nas TVs.

Nenhum dos dois quis perder tempo onde as intenções de voto estavam consolidadas.

Se as campanhas não tinham motivação, imagine o eleitor comum.

Sair de casa, enfrentar fila, sabendo de antemão que a contagem para o colégio eleitoral já estava definida.

A longa tradição que são só os eleitores inscritos nos partidos que comparecem para votar,  vinha mantendo uma multidão silenciosa longe das urnas.

A eleição de Trump em 2016 mudou esta lógica, neutralizada agora na tentativa da reeleição.

Os simpatizantes das teses democratas também resolveram participar.

O aumento do número de votantes é a prova.

E consequência também da facilidade do voto antecipado e pelo correio.

Outra eleição, tão importante, também utiliza métodos arcaicos e ninguém pede para ser feita com urnas eletrônicas.

Colégio eleitoral e votos em papel escolhem os Papas.

Escrutínio à prova de fraudes e imune a recontagem dos votos e reclamações.

Encerrada a apuração, as cédulas são queimadas.

Vivas ao novo rei!

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