20 de abril de 2024
Imprensa Nacional

Sem oxigênio, Manaus é o retrato do Brasil asfixiado por uma pandemia sem comando

Oxigênio

Por THOMAS TRAUMANN na Veja 

A cidade de Manaus está tomada pela Covid-19. Falta oxigênio no Hospital Universitário Getulio Vargas, o principal da cidade, e familiares de pacientes correm para comprar, por conta própria, cilindros estão chegando no hospital em carros particulares e ambulâncias.

Há semanas, todos hospitais da cidade estão esgotados e pacientes que conseguem são transferidos para Belém e Teresina.

Epicentro da primeira onda de Covid-19 no Brasil em abril, Manaus está revivendo o drama dos enterros coletivos, com retroescavadeiras soterrando os corpos sem a presença de parentes para chorar suas perdas.

Na quarta-feira (13), foram 198 enterros, a grande maioria de vítimas de Covid-19. Foi o quarto dia seguido de recorde de enterros na cidade.

A Prefeitura vai a instalar câmaras frigoríficas no cemitério Nossa Senhora Aparecida para preservar os corpos à espera de um funeral. De acordo com os registros, Manaus teve 91 mil casos confirmados de Covid e 3.856 mortes até quarta-ferira.

Se houvesse um Ministério da Saúde sério, os esforços hospitalares do país estariam concentrados em levar suprimentos e medicamentes aos manauaras. Ao invés disso, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, passou as últimas semanas insistindo que acidade tratasse seus pacientes com cloroquina, o que é mesmo que condená-los a própria sorte.

Manaus é o retrato do Brasil asfixiado por um governo que não se importa.

 

 

 

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