18 de abril de 2024
Política

SEMPRE HAVERÁ PARIS

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Fotografia de Francisco Diniz

D’além mar, chegam os primeiros ecos da passagem da delegação potiguar por terras de França.

Sucesso maior que qualquer expectativa.

Contado por blogueiro com patrocínio oficial, ninguém acredita.

Mesmo com  o boicote do Presidente Macron, motivado pelas desastradas avaliações estéticas do ministro mal-educado,  a ousadia da primeira governadora de origem popular reverteu o placar para o time verde e amarelo, jogando com a segunda camisa. Da estrela vermelha.

O não-encontro com a colega professora Brigitte não haveria de empanar o brilho de uma missão tão planejada e crucial para o futuro dos 3 milhões de conterrâneos.

Com a experiência acumulada de quem sabe que muita reunião, formação de grupos de trabalho, fóruns e demais coletivos, lá como cá, não passam de conversa pra boi dormir, optou por uma  inesperada e inimaginável performance.

Pacífica e cheia de simbolismo.

Deixou para os outros  colegas governadores, os enfadonhos, pouco produtivos e cheios de boas intenções encontros com os escalões inferiores da burocracia e partiu para a planejada estilosa apresentação.

Bem assessorada pelo primeiro senador FO (francês de origem) e por nosso maior  expert em ocupação de prédios públicos de  maneira geral e de universidades, de modo particular.

Na cidade de tantos monumentos icônicos, não poderia haver melhor escolha para a instalação que não o Grand Palais des Beaux-Arts.

A opulência do edifício ricamente decorado, com sua estrutura de ferro, aço e muito vidro, não inibiram a comandanta-em-chefa que tratou logo de colocá-lo no seu devido lugar,  na comparação com nossa magnífica Ceasa.

Para estupefação dos gentios,  do matulão rebolado na mesa central, saiu a surpresa que poderá ser o novo marco da alta gastronomia europeia.

95BECCE8-8996-48F2-9CE6-59A7FE8D8331Fromage au beurre.

O francofônico parlamentar comprou  geléia de ruibarbo no quiosque da Finlândia, o que deixou todos que provaram da  combinação de sabores, com o gostinho de quero mais.

Os negócios para a imediata exportação pela nossa indústria láctea só não foram  fechados porque ainda não foi escolhida a ferra que vai identificar a origem controlado das nossas queijarias.

E pela imediata reação dos produtores locais tementes da concorrências aos seus mais de 300 tipos de queijo que em protesto,  já ameaçam descarregar todo esterco das suas vacas nos jardins e degraus dos Eliseos.

Questões que facilmente serão resolvidas pelo caravaneiro que Minas Gerais nos deu, espelhado no ex-agitador e hoje comportado parlamentar, Daniel Cohn-Bendit.

Ou não é esta a função de quem ocupa o pomposo cargo de Secrétaire Extraordinaire chargé de la gestion des projets et des relations avec les gouvernements et les institutions?

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