29 de março de 2024
Democracia

Senador Styvenson sobre relatório de “policiais antifascistas”: “Espero que não seja caça às bruxas”

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O senador Styverson Valentin (PODEMOS) falou há pouco  a este Território Livre sobre o relatório do Ministério Público do RN  envolvendo investigação  a respeito de  policiais com atuação “antifascista” no Estado.

Ele melhor do que qualquer um sabe, viveu  e ressaltou a importância da hierarquia das corporações, a dificuldade de se manter a separação entre a figura do cidadão e o policial nas redes sociais, a importância de se manter preservada a garantia constitucional de liberdade de expressão.

Mas o Senador mostrou também preocupação com a forma que vem sendo feita essa investigação, se apenas a partir das redes sociais dos policiais ou se tem observado também as ações concretas dos profissionais.

E lembrou a “coincidência ou alguma interrelação com o dossiê do Ministério da Justiça”, que já causou inclusive exoneração no Governo Federal:

O que aparenta é que está tendo uma caça às bruxas.

O meu receio é que ele (MP) esteja sendo usado como meio ou ferramenta de caça às bruxas. A instituição está muito acima de pessoas. Qualquer investigação tem que obedecer os princípios da igualdade, legalidade, impessoalidade. A igualdade tem que ser para todos. Para todos os lados e inclinações. 

Valentim também questionou o propósito do relatório:

Qual o propósito disso tudo; Amedrontar, Inibir, Silenciar? Porque é impossível ter um ser humano tão imparcial, tão desapegado de valores que não possa emitir suas própria opiniões. É quase utópico. Temos que ter muita cautela para lidar com isso. A palavra é cautela. E é claro que ainda vamos ter que aguardar para saber qual a tipificação que irá dada. E se será dada, afinal. 

O Senador ainda destacou a importância de cursos e esclarecimentos para policias sobre redes sociais:

“O importante é todo mundo saber que não pode usar as redes para caluniar, injuriar ou difamar ninguém”.

One thought on “Senador Styvenson sobre relatório de “policiais antifascistas”: “Espero que não seja caça às bruxas”

  • Roberto

    O senador parece viver no mundo da lua.
    No Ceará policiais foram presos por criticar o governador do Estado em rede social.
    Não o vimos externar nenhuma preocupação.
    Já essa autodenominada “brigada antifascista “, para não dizer comunista, parece ser um grupo polícial paralelo, inclusive com membros lotados na governadoria.
    Inclusive o que levou à investigação do MP foi ameaça de um membro de multar apoiadores de Bolsonaro em carreata.
    Não se trata de manifestação política pessoal mas de um grupo que se denomina brigada.
    Apoiadores do presidente são perseguidos, têm redes sociais suspensas por criticarem ministros do STF, pois estariam “atacando a democracia”.
    Mas um grupo comunista atuando dentro da estrutura policial, com interesses políticos, o senador acha normal?
    O maior problema é a cegueira e o silêncio dos bons, que posam de isentos, e abrem a brecha para o bolivarianismo, que já tomou o poder em vários países.
    E algumas autoridades fazem de conta que o problema não existe.
    É isso que os comunistas querem.
    Que os deixem quietos.
    Estranho um militar não ter consciência desse perigo.

    Resposta

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