28 de março de 2024
CULTURA

Senai já tem 3 respiradores “Caninga” prontos

O “Caninga”, respirador artificial projetado em Natal pelo SENAI, CTGÁS e Universidade Federal, em processo de liberação pela ANVISA já começa a ser produzido, aínda em escala reduzida.

Esta semana foram fabricadas três unidades, que serão examinadas pelas equipes de avaliação da ANVISA e poderão ser encaminhados para atendimento ao público.

O assunto está sendo mantido com muita discrição pelo pessoal do SENAI por dois motivos:

1 – A falta de uma liberação oficial;

2 – O impacto na divulgação do resultado pela direção do sistema FIERN em fazer a comunicação.

MEDE IN RN

Pesquisadores do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis do Rio Grande do Norte (ISI-ER) desenvolveram um respirador mecânico invasivo com a intenção de que seja usado para casos graves de pacientes com o novo coronavírus no estado.

O aparelho passa atualmente por avaliação de calibração e testes (pré-clínicos e clínicos) e foi levado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para validação e, está pronto para produção em série.

O respirador foi desenvolvido por engenheiros e técnicos do Instituto Senai em parceria com a UFRN, responsável pela fase de testagem clínica. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também participa atuando na etapa de documentação do projeto para aprovação e licenciamento na Anvisa.

TEMPO DE PRODUZIR

O aparelho começou a ser pensado em março, segundo o diretor do ISI-ER, Rodrigo Mello, com a previsão do aumento dos casos no RN. As três dificuldades impostas foram o prazo, devido à urgência para produção, a escassez de material, e a oferta de preço mais acessível.

O protótipo foi concluído há cerca de 45 dias. O prazo para fabricação em alta escala depende, agora, da validação da Anvisa. “Estamos trabalhando hoje na calibração dos equipamentos, na fase de testagem clínicas feitas por especialistas e pesquisadores da área médica e também na elaboração do dossiê que será submetido à Anvisa para liberação do produto e da fabricação”, explicou Mello.

SUPERAÇÃO DIÁRIA

Para driblar a falta de componentes e peças da indústria da medicina, o projeto tem usado tecnologias da indústria de óleo e gás. “Essa era uma condição, que pudéssemos desenvolver com peças que temos conhecimento e encontrássemos no mercado”, disse o diretor.

Além disso, a montagem do equipamento é rápida, o que pode dar celeridade à produção. “A montagem é simples e pode ser feita por técnicos em eletromecânica ou em eletrotécnica”, explicou o coordenador de Pesquisa do IS-ER, o engenheiro mecânico Antônio Medeiros,

Como está sendo feito para atender a demanda dos hospitais e sem fins comerciais, o custo para aquisição é estimado, segundo o diretor do ISI-ER, entre R$ 10 mil a R$ 15 mil a unidade, segundo o Senai. No mercado, os aparelhos de ventilação mecânica vão de R$ 52 mil a até R$ 400 mil.

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