SÓ PRA CONTRARIAR O VERBO
Há um novo cliente na praça.
Consumidor voraz e infiel.
Há milhares de novos clientes, consumidores vorazes e infiéis na praça.
Há milhões de novos clientes, consumidores vorazes, infiés e exigentes na praça.
Quem se habituou a buscar informação e entretenimento nas telas dos smartphones ainda segue sendo estudado pela mídia e novas mídias.
Não foi conquistado por completo.
Continua na pista.
O mais evidente sinal da sua insatisfação é o zapping.
Não existe nada mais rápido.
A mudança brusca, mais radical, em unidades de tempo ainda por definir.
Talvez, quando a velocidade 5G chegar, teremos sim que dividir os segundos em partes menores.
E não venham com os velhos décimos e centésimos.
O que virá será o que virá.
Logo, o novo ainda não existe.
E se existir, a Huawei não lançou.
Ainda.
As próprias maravilhas da comunicação eletrônica deixam a desejar.
Muito.
Incluído o sabichão Google.
Mesmo quando seu espírito é baixado nos melhores terreiros, incorporado aos cavalos dos mais atualizados iPhones.
Por vezes, teimam como uma burra-mula.
Em conluio com o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) não permite, corrige sempre, qualquer tentativa de escrever uma variação empregada na fala informal.
Você percebe que os buscadores, corretores de texto e dicionários de internet não dão a mínima para a prosódia regional quando não consegue escrever uma simples palavra, como enterter.
Aparece logo sublinhada de vermelho, quando não é corrigida automaticamente.
Não resta dúvida que tudo começou na matriz em Hollywood.
Entertainment.
Anunciado pelo rugido da Metro-Goldwyn-Mayer, demorou a ser traduzida para os dialetos tropicais.
Ao pé da letra, a lógica indica Entertenimento.
Trocaram a posição do R e chutaram para longe a ortoépia regional nordestina.
Nós nos divertimos com tanta coisa.
Até em imaginar que alguém possa ter chegado ao final desta leitura.
Mistérios da internet que não têm explicação.
Ainda.
Cada dia melhor. O urologista já tem material de sobra para publicar seus testículos, para o deleite dos leitores.
Talvez fosse melhor colocar um x no comentário do prof. Pouca gente se disporia a ver os com “S” publicados