SOUVENIR PERSA
Contatos com iranianos, só uns poucos.
Na adolescência das grandes encruzilhadas, em caminho errático, a descoberta de uma nova religião. Universal e contemporânea.
A união espiritual de toda humanidade.
A Fé Baha’i do profeta Bahá’u’lláh, interesse que durou pouco mas ficou ocupando uma prateleira quase esquecida da memória.
Os outros encontros com os persas foram esporádicos.
Nas fotos que o primo-irmão, marechal do incrível exército de novacruleone trouxe de uma das suas muitas peripatéticas circunvoluções, em busca de um lugar no livro dos recordes.
Dois dedos de prosa com colega médico, fugitivo de perseguição religiosa, procurando um lugar para clinicar, até mesmo no deserto semi-árido, quando ainda não se falava em revalida.
Há pouco mais de dois anos, numa série de reportagens para o Fantástico, o testemunho de Glória Maria: “É um país que tem pessoas maravilhosas, cheias de gentileza e alegria. É como entrar em um livro de história de 5000 anos atrás”, despertou o sonho do viageiro.
De pesquisar sobre a terra e a cultura.
Das coisas e de gente simples que se acha em todo lugar.
Quem sabe, num passeio além das atrações turísticas, comprovar a fama do mercado persa.
Experimentar sabores e de tudo, um pouco.
Observar o ir e vir das pessoas nas ruas.
E o fascínio dos olhos de kohl emoldurados por avarentos hijabs.
Imaginação até do inesquecível ponto alto do tour.
Um sorvete e um café num fim de tarde, na praça de Isfahan.
Os constantes conflitos na região desestimularam os planos de quem pensava ir um pouco mais longe da Istambul, uma vez visitada.
Mesmo que tivesse de ficar bem pra cá de Bagdá.
As últimas notícias que despertaram o sonho latente, também aumentam o que já era grande.
A saudade do Irã.