28 de março de 2024
Coronavírus

SUJEIRA NADA CAMARADA

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Origem da maior pandemia da história, a
China tem dado ao resto do mundo, lições de bravura, resiliência e solidariedade.

Outros países acometidos pelo mesmo mal, viram no seu exemplo, maneiras de atenuar o alcance da devastação.

De uma forma ou de outra ninguém deixou de fazer ou evitar o que deu ou não resultado no gigante asiático.

Além de particularidades geográficas e climáticas, hábitos culturais têm sido expostos.

Como os alimentares que fazem dos mercados vivos, fontes de transmissão de doenças de alguns animais para outros. Nosotros, humanos.

Para quem tem sido tão observado de longe, pouca interesse  tem sido despertado  para os hábitos de  higiene.

Entre tantos exemplos deixados pelo  fundador da república popular, o grande timoneiro Mao Tsé-Tung, pelo menos um não pode ser chamado de edificante. E não deve ser seguido.

O pouco cuidado com a própria limpeza corporal.

O camarada se espelhava nos tigres siberianos para nunca escovar os dentes.

Sua dentição felina era conservada com a esfregação de ervas, nem sempre aromáticas.

Banho, considerava perda de tempo, obrigando seus auxiliares a passarem uma esponja úmida em partes estratégicas quando tinha que trocar de roupa.

A negligência  com a própria limpeza não impediu que fosse um conquistador de coraçõezinhos apaixonados e que deflagrasse a maior campanha de higiene que se tem notícia.

Operação de guerra.

Dogma ideológico.

Campeonato nacional de desempenho

A ordem era acabar com as quatro pragas, os grandes males que afetavam a China em meados do século passado.

Mosquitos, moscas, ratos e pardais.

A simpática ave entrou no corredor da morte pelo costume, pouco econômico, de dar bicadas nas sementes de arroz.

Foi necessária uma brutal queda na produção do principal alimento para descobrirem que o passarinho também exterminava outros insetos mais vorazes ainda.

A campanha não parou. Mudou a escalação. Deixaram de derrubar os ninhos dos pássaros e foram catar percevejos.

Hoje os comunistas modernosos são cheirosos. Lavam as ruas, cidades e tudo onde o vírus possa pousar mas o exemplo do líder não foi de todo esquecido.

Tomar banho, principalmente nas periferias das megalópoles ocidentalizadas e nas vilas agrícolas não é pra todo mundo. Nem pra todo dia.

Trocar de roupa é rotina quinzenal. Menos no inverno.

Em qualquer lugar, em todas as terras, da Europa à França, o salutar hábito do lavatório é desistimulado pelo frio. Em muitos lugares, basta um semicúpio. Um tcheco.

O novo coronavírus sabe muito bem disso.

99D1631C-9985-4C3D-A7FF-43C9D108E7C4Do lado de cá da linha de Tordesilhas, os usurpadores entre outras riquezas, tomaram dos índios, o costume do banho.

Rios, cachoeiras, lagoas, praias.

Um imenso balneário foi descoberto.

Na capitania desprezada pelo donatário,  no espaço midiático que lhe coube no comitê de recepção ao vírus coroado, o gestor das águas alerta para o perigo do banho cotidiano.

O risco de consumir toda a água acumulada, das chuvas acima da média nos últimos anos, foi acrescentado ao pânico incipiente.

O camarada tapuia informou que o estoque só daria para a lavagem das mãos e rápidas duchas de, no máximo, dois minutos.

Preocupado com a perda do poder de cortar a água dos inadimplentes desempregados, esqueceu que fábricas, comércios, hotéis e restaurantes fechados avalisam o salutar e refrescante banho nosso de todo dia.

Que deve ser tomado, 1 a cada 12 horas.

Como uma boa receita de prevenção.

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