25 de abril de 2024
Eleições

Forças Armadas reclamam “prestígio” que nunca tiveram e que a lei não prevê na Democracia

 

Da CNN

O Ministério da Defesa de Jair Bolsonaro disse ontem em ofício que não se sente prestigiado pelo Tribunal Superior Eleitoral, mesmo com militares fazendo parte da comissão que trata da transparência da votação.

O tom geral do ofício é de queixa. E sugere, em tese, que o sistema precisaria ser melhor testado para ser totalmente confiável.

A questão é técnica apenas nas aparências.

Nos Estados Unidos, onde participa da Cúpula das Américas, Bolsonaro deu prosseguimento a sua tática político-eleitoral de contestar a lisura das eleições com urnas eletrônicas, tática na qual há tempos vem envolvendo o Ministério da Defesa e, em parte, as Forças Armadas.

O ministro da Defesa disse hoje que eleições transparentes são questão de soberania nacional.

Há uma consciente mistura de conceitos nessa afirmação.

Quem cuida da soberania nacional, sobretudo em defesa do território, são, sim, as Forças Armadas, mas não cabe a elas cuidar de eleições.

DO TL 

É mais uma narrativa inovadora do Bolsonarismo no Brasil pós- 2018.

As Forças Armadas nunca, na Democracia, teve papel de opinar ou decidir nada no Processo Eleitoral brasileiro. Não é sua função numa República, que tem três Poderes; Legislativo, Executivo e Judiciário.

Ou seja, as Forças Armas devem cumprir ordens e não decidir nada no processo eleitoral do Brasil.

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