24 de abril de 2024
Medicina

OS TRÊS PATRONOS

C0EDD54B-1C29-45F4-9622-501006F35116Com o mais popular (muitos colocariam, entre parêntesis, antes de Lula) Presidente da República como patrono, a especialidade poderia dispensar  mais  divulgação por parte de  políticos menos votados.

No entanto, ficou devendo a outro pretendente ao altíssimo cargo,  o impulso que faltava na desmistificação de procedimento cirúrgico que trazia a possibilidade de cura para doença letal mas que deixava, nas curvas de aprendizado, sequelas quase inevitáveis.

Agora uma terceira ajuda para acabar de vez com todo o preconceito contra um procedimento simples, eficaz, acessível e fama não muito boa. E ainda,  de pouca adesão.

Juscelino Kubitscheck, médico com especialização no melhor serviço de Urologia do mundo, na época, Paris, exerceu seu ofício na Polícia Militar das Minas Gerais. Antes de disputar os primeiros votos, chegou ao posto de Capitão. Depois da consagradora votação em todo o país, foi promovido a Coronel.

Título honorífico como tantos outros conferidos a correligionários seus, nos grotões sertanejos.

Quando celebridades e famosos escondiam doenças e muitos morriam de resfriado de press release, o ex-prefeito, ex-governador e deputado federal Paulo Maluf revelou o tratamento para câncer a que se submeteu. O que mais acomete homens, depois do de pele.

Seu diagnóstico, sem censuras nem reservas, foi capa de revistas e primeira página de todos os jornais. As novas técnicas cirúrgicas amplamente divulgadas, chegaram a todas os hospitais. E os pacientes também. Sem pavor do bisturi, muitos foram salvos.

Aos 88 anos, a neoplasia recidivou. Foi novamente tratado com cirurgia. Noticiada com detalhes.

Mais de vinte anos depois,  o quase sucessor dos generais cumpre prisão domiciliar e todos ficam sabendo que há tratamento mesmo para o tumor da próstata alcançando outros órgãos.

E que não há limites de idade  para tratá-lo.

Agora, de onde menos se podia esperar, outra força para divulgação e discussão do método anticoncepcional masculino mais eficaz, perdendo somente para o adotado pelos parceiros das discípulas da Ministra Damares.

Taxado e pagando imposto como misógino e preconceituoso, o Capitão-Presidente fala abertamente da segunda vasectomia a que se submeteu, oito anos depois da cirurgia de reversão.

Pelo menos neste assunto, pode ser acusado de tudo menos de machista que obriga a esposa a se submeter a métodos cirúrgicos mais complexos.

Seu testemunho afasta a malquerença que haja rebaixamento de categoria, como se menos homens passassem a ser os que jogam fora um pedacinho dos seus ductos deferentes.

Das inevitáveis piadas que provocou, a singela cirurgia nas partes íntimas do supremo mandatário, uma é unanimidade. E muito boa.

Agrada gregos e baianos; paraíbas e brasileiros.

Ainda bem / Que pena.

Escolhe-se a primeira frase, para o desfecho,  acima de todos.

Não vai nascer o Zero-seis.


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One thought on “OS TRÊS PATRONOS

  • Geraldo Batista de Araújo

    Informações pertinentes para nós leigos.

    Resposta

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