19 de abril de 2024
Política

É TUDO MENTIRA

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Assunto para disputar as manchetes de jornais com os números atemorizantes da pandemia, só existe um.

Em meio ao medo e às incertezas, pela prioridade recebida, os problemas do Brasil parecem não serem mais, muita saúva e pouca saúde.

Não é de estranhar se em breve não forem convocadas  eleições para a escolha das melhores.

E dos seus intérpretes.

A quarentena é o  tempo certo para garantir o sucesso e a participação popular na disputa.

Solidariedade e vontade de ajudar estão em alta. É de acreditar (ou não) que ligações para um 0500 vão gerar doações totalmente aplicadas na assistência aos vitimados pela Covid-19. Há quem acredite em generosidades televisivas.

No passado, em programas de variedades e auditórios, eram realizados concursos e as maiores e mais cabeludas mentiras levavam prêmios dos anunciantes.

Antes de criminalizada, contar uma, outra ou um cento, eram atividades risíveis, quase artísticas.

Um dom de berço, há quem creia que exista  carga genética ou um forte  componente familiar. Atributos passados de pais para filhos.

Exceção dos pescadores e conquistadores baratos.

Toda cidade tinha orgulho dos seus astros, apontados por onde passavam. Pequenas celebridades.

Merecedores dos devidos descontos nas estórias contadas, em variáveis percentuais. Em muitos casos, perda total. De veracidade.

Sem maiores traumas, ninguém era obrigado a acreditar no que ouvia e muito menos quando vinha de um notório mitômano.

Chico Anísio fez a  síntese de todos estes personagens paroquiais, incorporados em Seu Pantaleão. Com a  indispensável confirmação da patroa.

Se o  país tivesse memória menos curta, a legislação que verse sobre esta prática nas redes sociais, teria o nome de Lei de Terta.

É mentira?

Até antes dos relacionamentos cibernéticos, eram socialmente aceitáveis.

Tinham cor. Na expressão racista subliminar, as consideradas necessárias aos bons relacionamentos, brancas.

Empregos e  casamentos penhoradamente agradecem.

Quem nunca chegou atrasado, ou tarde, por conta de um pneu furado ou um serãozinho extra?


O mundo mutante da política sofreu um grande e inesperado abalo, por obra e ventura de uma simples tradução.

Palavras foneticamente fortes e agradáveis aos ouvidos são logo incorporadas ao linguajar popular. E vão longe, até às barras dos tribunais.

Condenados sem confissão nem remissão dos pecados.

Na linguagem dos rotos, esfarrapados prometem universos e fundos. Saúde e educação. Prioridades. Segurança, transporte, saneamento, emprego e renda.

Mostram as mãos lavadas, pouco antes de subir nos palanques.

Mesmo se o líquido e certo prometido para depois da posse, não tenha sido entregue, já é tempo de renovar a confiança e acreditar de novo.

Nas mentiras de sempre.

Coisas da política. Das farinhas. Dos sapatos. Dos iguais. Dos mesmos.

Só robôs acreditam em fakenews.

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