25 de abril de 2024
Governo

UM SONHO DE FAKE

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O que parecia a melhor notícia no final do pior ano de todos, não passou de um sonho que não durou uma noite primaveril de quase verão.

A divulgação de uma tabela com o cronograma de pagamentos dos salários, benefícios e proventos dos servidores estaduais, foi multiplicada em encaminhamentos, postagens de júbilo, comentários agradecidos e figurinhas de mãos postas.

A regularização dos atrasados mais longevos desde a oligarquia Albuquerque Maranhão, era o presente de Natal mais almejado.

Quantos aposentados não começaram projetos para  gastar, por conta, honrando compromissos e restaurando os créditos junto aos caridosos familiares?

Pensionistas que, ainda de olhos abertos, foram ao delírio de finalmente, ficarem  livres das cobranças pouco amigáveis dos agiotas.

Planos para  compras  de  todos os remédios prescritos, logo  desfeitos.

Quem sabe, quantos netos não voltariam a receber presentes de festas?

O que seria bom, durou pouco.

Em rede social, a Secretária de Estado da Administração reproduziu o alvissareiro informe sob um carimbo em sangrentas letras garrafais.

E advertiu: Divulgar Fake é Crime!

O governo que inventou o adiantamento de salário atrasado, ameaça quem teve o desvario de imaginar o que os números das contas governamentais, depois da ajuda federal para o combate da pandemia, mostram ser real é factível.

Tendo levado dois anos para quitar uma das folhas em débito é de se supor que as duas restantes entrem em compasso com o calendário eleitoral.

A crise sanitária ensina que atribuir as mazelas de um governo à herança maldita deixada pelo anterior, não faz mais sentido.

O governante é ele e suas circunstâncias.  Suas decisões o definem.

A paráfrase de Ortega y Gasset, flexionada em gênero, explica o momento atual.

Só é falso, o que contradiz a verdade.

Só engana, o que foge do que é autêntico e real.

Como o governo ainda não despertou no mundo real e não divulgou a genuína,  não há de reclamar de adulterações.

Com um pouco de humildade daria até para, das oníricas datas anunciadas, verificar quais podem ser aproveitadas.

E cumprir sua obrigação, dever e lei.

Quantas vezes a jovem e combativa sindicalista não repetiu Raul?

Sonho que se sonha junto é realidade.

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