Vacina russa deve ser a alternativa do Governo Federal para a do Butantan
Depois de criticar a vacina “chinesa” do Butantan e ter que recuar, os repetidores do Governo Bolsonaro vão ter que rever conceitos mais uma vez.
A informação é do Estadão que o Ministério da Saúde se mexeu para adquirir a Sputnik-V e estabeleceu critérios a serem seguidos pela farmacêutica União Química: a taxa de eficácia da vacina precisa superar 50%, a fase 3 de testes deve estar em andamento no País e o pedido de uso emergencial, ter sido enviado à Anvisa.
“O ministério está disposto a formalizar tratativas comerciais para a eventual aquisição de lotes do imunizante de forma a aumentar o mais brevemente possível a oferta de imunizantes à população brasileira”, diz ofício assinado anteontem pelo secretário-executivo da pasta, Elcio Franco.
DISPUTA POLÍTICA AGRADECE
No governo federal, a avaliação é de que a aprovação da Sputnik-V pode dar ao Executivo vantagem na “competição” com João Doria, porque o laboratório brasileiro União Química, responsável pela fabricação do imunizante russo no Brasil, teria capacidade de produzir até 8 milhões de doses/mês.
A “vacina russa” começa a ser vista como “contraponto” à Coronavac. O Planalto estaria pedindo celeridade ao ministério e à Anvisa.
RUSSA JÁ NA PRÓXIMA SEMANA
Interlocutores da União Química esperam conseguir até o fim desta semana liberar na Anvisa o início dos testes da fase 3 da Sputnik-V. Com o ‘ok’ da Anvisa em mãos, a empresa poderia fazer o pedido de uso emergencial do imunizante em seguida, já na próxima semana.
TL CONTA MAIS
Aqui no RN, a Governadora Fátima Bezerra chegou a informar intenção de comprar a vacina russa em parceria com o Consórcio Nordeste, mas foi duramente criticada pelos bolsonaristas de plantão.
Agora, a compra “por fora” não será mais necessária. O Governo Federal será o responsável pelo envio do imunizante russo.
