18 de abril de 2024
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Vacinas da Pfizer e da AstraZeneca têm mesmo nível de proteção contra covid

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Por Fernando Reinach para o Estadão

Enquanto no Brasil a vacinação continua lenta, muitos países vacinaram mais de 60% da população e ficou claro que as vacinas de mRNA, além de evitar hospitalizações, bloqueiam boa parte da transmissão comunitária.

Além disso protegem contra novas variantes, mesmo perdendo efetividade frente às mais agressivas.

No Brasil estamos no bom caminho.

A fábrica da Fiocruz está iniciando a produção da vacina da AstraZeneca e um número crescente de doses da Pfizer está chegando. A grande incógnita continua sendo a Coronavac: o estudo da fase 3 que mediu sua eficácia ainda não foi publicado.

Não há estudos sobre sua eficácia em idosos ou crianças e tampouco trabalhos científicos que comprovam sua efetividade contra as novas variantes.

Países desenvolvidos estão escolhendo quais vacinas utilizar caso seja necessário aplicar com periodicidade anual.

Isto pode ser necessário ou porque a imunidade induzida dura pouco ou pelo surgimento de novas variedades.

É nesse contexto que estão surgindo estudos que comparam diretamente duas ou mais vacinas na mesma população, no mesmo intervalo de tempo (e, portanto, na presença das mesmas variantes).

O mais importante deles é a comparação entre Pfizer e AstraZeneca no Reino Unido publicado esta semana.

Analisando 1.945.071 resultados de PCR coletados em 383.812 pessoas entre 1.º de dezembro de 2020 e 8 de maio de 2021, foi possível aos epidemiologistas ingleses comparar a efetividade da AstraZeneca com a Pfizer.

Os resultados surpreenderam.

Vinte e um dia após a segunda dose, a da AstraZeneca reduziu a probabilidade de infecção dos  vacinados (isso inclui os casos assintomáticos) em 79% e a vacina da Pfizer em 80%.

Esse resultado demonstra que, neste caso, as duas vacinas induziram exatamente a mesma proteção.

Esse resultado reforça a ideia de que estamos no caminho certo no Brasil ao aumentarmos o uso dessas duas vacinas. Mas é bom lembrar que no Brasil as variantes hoje são outras.

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