25 de abril de 2024
Coronavírus

VAGA NO COMITÊ

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A rapidíssima evolução da pandemia, exige dos dirigentes e autoridades sanitárias, a capacidade de colher informações, processá-las e corrigir estratégias.

Quem assim não fizer, acaba inaugurando hospital de campanha quando já sobram vagas nos velhos, de outras guerras.

Nem TAC justifica dar troféu a retardatário depois que a corrida já está em outro circuito.

A nova fase de enfrentamento é voltada para o retorno à vida mais parecida com a que tínhamos antes.

Diferente, sem dúvidas; melhor, talvez.

A Economia, encontrará o rumo depois do jab que a levou a knockout.

Levantar-se-á (desculpem a mesóclise, não teve como evitá-la) lentamente. Alguns vão mudar de categoria e peso.

Outros irão pendurar as luvas e encontrarão outros ringues para novas lutas.

Nossos comitês científicos de assessoria aos mais altos dignitários também precisam lembrar que nada é permanente.

Nem os vírus.

Só a mudança.

No início,  depois que  se descobriu que turno corrido  nas repartições não resolveria tudo, até astrônomo foi recrutado.

Sua participação cessou quando foi trocado por alguns astrólogos de previsões catastróficas.

Acabou em desvio-padrão de quinze vezes a imensa  tragédia ocorrida.

Chegou a hora de alterar mais uma vez as composições dos colegiados consultivos.

Com  a saída dos muitos especialistas em lockdowns, sobrarão vagas.

É tempo de agradecer os inestimáveis  préstimos e contribuições desta primeira leva de cientistas  e  convocar outras cabeças iluminadas para os novos desafios.

Uma nota oficial é uma despedida elegante.

Um cidadão, após 150 dias de quarentena e 10 de isolamento total, resolveu aproveitar a benevolência dos últimos decretos e flexibilizar um pouco, sua vidinha de aposentado, idoso em grupo de risco, heterossexual binário cisgênico, anti-petista, ex-bolsominion, ivermectino não cloroquino, avô com dívida de presentes atrasados, cobrados insistentemente pelos netos.

Arriscando timidamente  temíveis caminhadas matinais, já havia notado que algumas restrições podem ser revogadas.

Estão causando mais ajuntamentos.

Ou alguém discorda, quando abrirem os portões do Bosque, metade dos que caminham na Alameda Marilene Dantas (née Av. Alexandrino de Alencar), vão  para o lado que é o lado de dentro?

Teríamos em vez de um, dois copos. Nenhum cheio.

Nos shoppings, é urgente a formação de uma força-tarefa para organizar o fluxo de transeuntes.

Nas lojas, tudo corre bem. Metade estão fechadas,  sem  previsão de reabertura, permitindo espaçamento econômico cruel e indesejado.

O ponto crítico  é o tumulto nas portas de entrada e saída. Sem nenhuma lógica nem necessidade.

Proibir cruzar na chegada (ou saída) com pessoas com quem vai se encontrar pelos corredores, não deve ter embasamento científico.

Provocar aglomeração em lanchonete com a interdição de metade das poucas mesas, não pode ser matéria ensinada na disciplina Ciência Aplicada à Fast Food.

E se comprovarem que aquela pistola-termômetro detecta quem tomou paracetamol ao sair de casa, deverá ter uso mais estimulado e rigoroso.

O profissional que o comitê científico precisa para resolver os problemas que aparecerão daqui pra frente, deverá ter pleno domínio das distâncias, áreas e fronteiras.

Alguém que possa delimitar o espaço de cada cliente em compras ou a passeio.

Chamem logo um agrimensor.

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