VEM AÍ, A GRANDE VAQUEJADA
A segunda tentativa de achatamento da curva de contaminação ainda nem terminou, e a campanha presidencial já disputa as manchetes com os números terríveis da soma das vidas perdidas.
Alforriado, solto, leve e livre como pediram, o ex-presidente Lula anuncia que está na pista, pronto pra derrubar o boi.
Basta apenas que os outros dez fachins liberem o brete e terminem de escancarar as porteiras.
O Circuito do Bananão está com inscrições abertas.
Os promotores garantem que não vai ser uma pandemiazinha qualquer que vai empanar o brilho da festa do gado. E da boiada.
Depois de uma ausência das lidas que durou 580 dias, atendendo aos clamores da parte sinistra da arquibancada, o vaqueiro vulgo Nine Fingers, campeão como nunca antes visto na história deste país, anuncia que está on. Nos trinques.
Com tesão de um garoto de vinte anos, na ponta dos cascos para mais treze de domínio absoluto em todos os parques, incluído o 13 de maio.
Das capoeiras aos pampas. Das beiras de praias ao que resta das florestas queimadas, a caravana vai passar.
Quem achava que a equipe vermelha viria renovada, uma entrevista à imprensa internacional, a fogueira abafou.
Salvo das cinzas, é ele sim.
Sem Duda. Sem Santana.
Na raça.
Com os mesmos velhos companheiros. Mais experientes, menos aloprados.
E quem mais do centrão quiser liberar uma emenda parlamentar.
Falando para a RTPlixo, disse com todas as letras que a língua presa permite.
É candidatíssimo.
Preparem a raia.
Sob as bençãos e proteção de São Gilmar, padroeiro dos ex-prisioneiros, the legend rides again.
O outro palratório, desde o início mostrou que o condutor de estiloso chapéu, adotaria a mão inglesa. Que o jogo seria na tática levanta-e-corta.
Repetiu-se na terrinha o que pindorama toda sabe e os jornalões auriverdes, Terta e a velhinha de Taubaté não deixam mentir.
Os formadores de opinião já caíram no papo manjado dos gastos publicitários.
Quem pensa enviezado, curte tornozeleira no doce exílio das redes sociais, em prisão domiciliar.
Desde a apresentação do colóquio amigo, com cenas de um certo capitão atrapalhado, sem conseguir, em simultâneo, colocar a máscara facial e dirigir uma republiqueta de 215 milhões de habitantes.
É bem verdade que tem outros sobreviventes na imprensa marronzista e badernenta e entre os direitistas ajumentados.
O sargento A. Garcia anda confuso com os números, desorientado, como se os dourados anos figueiredo estivessem de volta.
O sniper da motocicleta, é questão de tófolis para cantar de tenor em outra gaiola. O que é dele está guardado. Dona Carmen, cozinheira de forno e perdão, está esquentando a chapa.
E assim caminha uma nação em frangalhos, para cumprir a sina de reescrever a farsa da sua História.
Obrigada a escolher o menos ruim, entre dois vaqueiros-jacus.
Luizinho de Irauçuba
