18 de abril de 2024
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VIDAS EM CURSOS

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O que seria coroa de louros, virou chapéu de bobo e o convite para o cargo mais elevado na carreira de um professor, pesadelo.

Uma pequena mentira puxou outras pequenas e tão grande ficou que já é considerada a maior fraude na alta administração pública.

Não se discute mais o conhecimento para ocupar o honroso cargo para o qual os contratantes sequer pediram que apresentasse documento algum.

As verdades que apareceram depois, mesmo incompletas, não deixam de ser reais.

Um curso quase concluído, salvo a não aceitação do trabalho final.

Outro realmente terminado. Mas sem  ser o que o pomposo título fazia parecer.

Trechos de um trabalho acadêmico copiados de outros, faltando as necessárias aspas e os devidos agradecimentos aos verdadeiros autores.

Faltou humildade e sobrou ostentação.

Qual atleta, herói olímpico que perde sua medalha de ouro, quando anos depois do glorioso feito, descobre-se que foi às custas de doping.

Os das provas limpas, ganhos em iguais condições dos outros atletas, são jogados no mesmo cesto dos troféus imerecidos.

O julgamento e a execração pública são impiedosos.

Nestas horas sempre aparecem os  que sentem   prazer em chutar cachorro morto.

O viés ideológico foi revelado na negativa da reitoria argentina que deixou o esclarecimento do curso inconcluso para depois da passagem do vendaval.

A atitude da mais afamada fundação de ensino e treinamento na administração pública e privada, negando que é professor quem dá aulas, é inconcebível.

Mesmo que o magistério venha sendo exercido há vários anos e o renegado mestre tenha merecido homenagens com direto a reconhecimento pelo trabalho. Impresso em indelével placa de metal.

A falta da carteira assinada, como álibi para o assassinato da reputação.

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Há muitos anos, mais de 50, na cidade de comércio em ebulição, a chegada de uma família empreendedora virou
case de sucesso.

O Nova Cruz Hotel, para suprir a falta e acabar com a reclamação dos viajantes e a ousadia em outro ramo de negócios.

Luiz Basilício, padeiro, imigrante de Santana do Matos,  também investiu em farmácia, a terceira  da praça, quebrando o oligopólio de décadas.

O tino comercial a começar pelo letreiro aberto no frontispício do armazém reformado, foi só o começo.

Farmácia dos Pobres.

Para eles, dedicação, acolhida afetuosa e acesso facilitado ao médico possível.

Para ele, gratidão,  reconhecimento e eleição para vereador.

A fama de acertar nos remédios prescritos e vendidos, fez surgir a lenda que o boticário era também, quase-médico.

Teria abandonado a Faculdade de Medicina, (nunca se soube onde nem porque), no terceiro ano do curso. Pelo menos, meio-médico devia ser.

O currículo que circulou à boca pequena, sem jamais ter sido declamado pelo titulado, manteve a clientela fiel mesmo depois da transmissão do negócio familiar ao filho, também aprendiz de doutor.

One thought on “VIDAS EM CURSOS

  • Gonzaga Costa

    Muitos profissionais agiram e continuam agindo desse modo – uso de falsa invenção, omitindo informações. Não pode!!!

    Resposta

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