Vitória do Centro mostra que bolsonarismo é maior do que o anti-petismo

O balanço incontestável das eleições municipais no Brasil é que os partidos vitoriosos são os de Centro; MDB, PSDB e DEM fizeram o maior número de prefeitos no país.

DEM no Rio de Janeiro e PSDB  em São Paulo as maiores capitais, a volta da ponderação, do equilíbrio, da política feita por políticos, que não têm porque esconder a arte do diálogo. Eles sabem fazer, evoluíram praticando e não negando.

Mas tudo isso para registrar um detalhe importante : o bolsonarismo vive. E não é naquele eleitor nacionalista, de farda ou negacionista apenas.

É aquele seu amigo e/ou vizinho que dizia ter votado em Jair Bolsonaro em 2018  apenas por falta de opção, por ser o mais forte contra o PT.

Por ter uma equipe com pessoas comprometidas com a pauta anti-corrupção nomeando Sergio Moro e Paulo Guedes para Economia como esperança a turma que empreende e gera emprego.

O PT não fez um prefeito de capital sequer e essa galera, pasmem, não está feliz.

Mas onde estão estas pessoas hoje? Comemoram a vitória de Covas em São Paulo ou de Paes no Rio ?

Não. Zero entusiasmo. Elas sabem que a vitória do equilíbrio e bom senso pode ser o início da morte anunciada do mito amanhã.

Elas ainda amargam o sabor da vitória do bolsonarismo raiz que não conseguiu eleger um prefeito de capital com seu perfil no 1º turno e no 2º também.

E qual perfil?

O mesmo que o eleitor enrustido nega chanceler; o de que bandido bom é bandido morto, que mulher não merece um olhar diferenciado e que as minorias devem ser tratadas com o rigor do preconceito que povoa seus pensamentos.

Para conhecer um bolsominion raiz é só elogiar os novos tempos que se impõe quando o equilíbrio vai voltar, o respeito à ciência e a boa convivência  entre os contrários.

As eleições encerradas neste domingo mostram que os extremos foram derrotados nas urnas, mas as viúvas do obscurantismo sobrevivem. E prometem resistir…