VIVER SEM FUTURO
Da longa lição que parece não ter fim, a mensagem central é bem clara.
A vida é o que ocorre no presente.
De uma hora para outra, tudo deixou de ter o valor e a importância que parecia e as preocupações voltadas às coisas do dia a dia. E à sobrevivência própria e dos mais próximos.
Todos escondidos em suas tocas, com raras incursões pelos campos vazios, somente em busca da comida.
Um dia atrás de cada amanhecer.
(Publicação original em 09/06/2019)
O FUTURO É AGORA
A viagem das nossas vidas é única. E só tem ida.
Cada um rumo à sua Meca, o destino final. Desconhecido e incerto.
Jornada compartilhada com muitos.
Mas de bilhete individual e roteiro customizado. Ao deus-dará.
No trajeto, as dúvidas com o que ainda vem pela frente. O porvir dá asas à imaginação.
De quando em vez, algum futurólogo delirante prevê fantásticos aparelhos que mudarão a humanidade. E costumam fixar prazos para isso acontecer.
No século passado, tudo era remetido para o longínquo ano 2000.
Que chegou sem que nenhuma das grandes previsões fosse realizada.
A notícia que no Japão já estava sendo testado um telefone portátil, acoplado a uma câmera fotográfica gerou dúvidas sobre a sanidade mental dos cientistas nipônicos.
Quem iria querer, juntos, um tijolão (os primeiros celulares) e mais uma máquina de tirar retratos, mesmo do tamanho de uma Xereta?
O futuro não existia. Ainda.