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Higienização, conforto e necessidade são vetores de tendência na moda pós Covid-19

POR AUGUSTO BEZERRIL

@augustobezerril

augustobezerril@tribunadonorte.com.br 

O Dia do Trabalho inspira o que mais inspira quem tem moda e design como ofício: a tendência. Walter Rodrigues, Coordenador do Núcleo de Design do Inspiramais, expõe, com exclusividade para ABZ Tribuna do Norte sobre como deve ser o processo de saída da pandemia. “Acho que (do ponto de vista de consumo) vamos sair mais equilibrados. Acho que vamos sair em busca de conforto. Acho que é a primeira coisa que as pessoas vão pensar”, revela. O fato de, durante a quarentena, as pessoas usarem roupas leves e tecidos como moletom, por exemplo, deve afetar, sim, as escolhas no futuro. “Os produtos e materiais que são feitos deverão ter a força do conforto”, prevê com autoridade de quem acompanha diversas fases e ciclos de tendências.

HIGIENIZAÇÃO

Um aspecto novo sobre a experiência do consumo consiste no critério higiene. É caminho que vamos nos debruçar. O que acontece com a roupa que foi provada na loja e o consumidor não leva para casa? Os consumidores atentos devem ponderar sobre determinadas condutas durante a experiência de compra. As perguntas seguem questões prosaicas como o que fazer com a roupa e o sapato, por exemplo, usados durante o dia deve passar a ter um cuidado sobre quais materiais de melhor higienização.

NECESSIDADE

A partir da nova ética de consumo, a escolha mais racional deve fazer com que  produtos atemporais, mais encantadores, ganhem espaço na saída da fase aguda da pandemia.  O termômetro da tendência  pode  ser observado na  próxima edição do  Inspiramais. As pesquisas demonstram uma busca  por “valores seguros”” – que se dividem em duas vertentes de estilo, que devem encontrar harmonia. “Valores seguros consideramos o processo de  consumir uma marca e seguir o estilo que combina com você“, explica Rodrigues.  O classicismo seria uma espécia de um lado escapista conservador.  O retorno do clássicos como o bom jeans, alfaiataria e casacos em tons de caramelo. O que é um clássico no sentido de couro. Os reflexos já aparecem nos  acessórios,  como vimos (vamos citar uma grife) no desfile da Fendi.

CORES, FLORES 

Tantos dias em casa devem causar uma busca, prevê Rodrigues,  pela natureza. O Verde é certo na cartela de cores. E as personagens folhas e flores são apostas. O verão da Valentino e Burle Marx são fontes de inspiração. O que deve fazer um retorno ao psicodelismo dos anos 70. Leia-se mistura de tons vibrantes e até o neon continua na esteira cromática. Seria a volta do maximalismo? “Não acredito numa mão única de maximalismo ou minimalismo. Rodrigues acredita, por exemplo, na combinação de calça de alfaiataria e uma camisa de (maxi)  floral“, pondera. Não devemos esquecer a ideia de equilíbrio e conhecimento do estilo de cada um.

ESPERANÇA

O que esperar de otimista depois de um instante tão terrível para humanidade? “A gente sai da pandemia com a esperança de que as pessoas vão consumir de forma mais organizadas, sem excessos. Buscando produtos que tenham prognóstico, de marcas que sejam transparentes, Eu imagino que a gente pode alcançar isso, sim, depois de toda essa tristeza“,  responde Walter Rodrigues enquanto se debruça sobre os caminhos da tendência a ser apresentados na próxima edição do Inspiramais – a mais influente plataforma de tendência da moda e design no Brasil.

Fotos Divulgação

https://blog.tribunadonorte.com.br/augustobezerril/2020/04/29/as-colecoes-de-inverno-estao-com-precos-incriveis-abz-tribuna-do-norte-traz-dicas/

 

 

https://blog.tribunadonorte.com.br/augustobezerril/2020/04/28/isolamento-social-el-lives-mexem-com-mercado-de-produtos-sensuais-durante-pandemia/

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