RIO-2016: Indicado para porta-bandeira, Serginho diz estar entre monstros do esporte
Depois de tantos títulos, emoções, tristezas, decepções, tantos sentimentos vividos ao longo de sua carreira do vôlei, o líbero da seleção brasileira vive a expectativa de passar por uma nova experiência: ser o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A disputa está entre Serginho, o velejador Robert Scheidt e Yane Marques, do pentatlo moderno. Os três medalhistas olímpicos foram indicados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (CBV) e estão em votação popular. O resultado sai no próximo domingo (31.07).
Enquanto aguarda, o líbero da seleção segue dedicado aos treinos no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ). A preparação final para os Jogos Olímpicos está com ritmo acelerado e Serginho procura não pensar muito na possibilidade de ser o representante do país na cerimônia de abertura na próxima sexta-feira (05.07), no estádio do Maracanã.
“Estamos muito concentrados nos treinamentos, nessa última semana que temos aqui em Saquarema, e todo o foco é necessário para chegarmos com tudo nos Jogos”, afirmou Serginho, que diz não se sentir a altura de conduzir a bandeira do Brasil. “Acho que essa pessoa poderia ser um trabalhador que represente o Brasil, um cidadão que pega o ônibus às 5h da manhã e vai trabalhar para colocar um prato de comida em casa”.
Independentemente da opinião pessoal, o fato de ser um dos indicados deixa o líbero extremamente feliz. “Eu sou um dos três escolhidos e se for eu o mais votado, vou ficar muito honrado, claro. É motivo de muita felicidade estar entre esses monstros do esporte brasileiro, que são o Robert e a Yane. Mas, não sei se me sinto no direito de carregar a bandeira do nosso país, não me sinto herói olímpico a esse ponto”, disse o líbero da seleção brasileira.
Técnico da seleção brasileira, Bernardinho reforça a campanha e valor de ter um jogador de vôlei como porta-bandeira do Brasil, e relembra outros grandes nomes da modalidade, especialmente da mesma geração de Serginho, que estarão representados caso o líbero seja o mais votado.
“É uma homenagem não apenas a um jogador, mas a uma geração. Acho que, se ele estiver lá, vai representando a várias gerações por ser um atleta do voleibol em uma situação tão importante, no Brasil, onde a visibilidade vai ser muito maior. O Sérgio, de uma certa forma, será o representante der um grande número de jogadores, principalmente de um grupo que na última década fez tantas coisas”, destacou Bernardinho.
O treinador ainda fez questão de citar alguns nomes. “Nesse caso, o Serginho vai ali como um Gustavo, Dante, Giovane, Maurício, André Nascimento, André Heller, e tantos outros. Às vezes a história passa muito rápido e as pessoas esquecem, mas acho que o Sérgio representa muito bem esse grupo bastante numeroso de atletas que fizeram o voleibol ser o que é hoje”, concluiu Bernardinho.
A votação que elegerá o porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos acontece no link http://globoesporte.globo.com/
A seleção brasileira, integrante do Grupo A, estreia no dia 7 de agosto, contra o México, e dará prosseguimento a disputa dos Jogos Olímpicos no dia 9, contra o Canadá. Ainda pela primeira fase, o Brasil enfrentará Estados Unidos, no dia 11; Itália, no dia 13; e França no dia 15. No Grupo B dos Jogos Olímpicos estão Polônia, Rússia, Argentina, Irã, Cuba e Egito. O vôlei será realizado no Maracanãzinho, entre os dias 7 a 21 de agosto.
