Azul reclama. Tap mostra avanço
As reivindicações e reclamações foram a tônica do painel. O presidente da Azul, Pedro Janot, lembrou que a Embraer é a terceira maior indústria de aviação do mundo, porém não tem uma logística de financiamento. “No caso do Nordeste, considero a malha intrarregional um grande desafio, pois é uma região com PIB crescente, porém renda concentrada”.
O mediador Luís da Gama Mor aproveitou a ocasião para falar de experiências da Tap no Nordeste. “Temos uma dificuldade comercial muito grande nas cidades de Maceió, João Pessoa e São Luiz. Elas não têm vôos que permitem boas conexões para as cidades para onde operamos no Nordeste, que são Recife, Salvador, Fortaleza e Natal. Em muitos casos nem voos há”, comentou Mor.
Ainda segundo ele, a ANA, empresa que administra os aeroportos de Portugal, tem uma política agressiva de incentivo a novas rotas. Geralmente, ressalta Mor, o apoio se dá no marketing. “É natural que as empresas que administram aeroportos ajudem as companhias aéreas a buscar passageiros. É bom para os dois lados, pois eles também dependem de passageiros para sobreviver”, observou.
As políticas públicas que normalmente viabilizam certas operações, segundo o vice-presidente da Tap, também funcionam bem em Portugal. “Nós voamos para Pamplona e quem garante o voo é o destino. Caso contrário, não teríamos como viabilizar a operação. No caso de nossa frequência para Moscou, temos o apoio do Governo de Portugal, interessado na rota”, informa.