O governo federal criou um comitê interministerial para acompanhar o preço das passagens aéreas e a qualidade dos serviços durante a Copa do Mundo. Algo, realmente, fundamental. O problema é que, decididamente, não dá para ter esperança quando as intenções vêm do poder público. Mas vamos tentar.
O grupo terá representantes dos ministérios do Esporte, da Justiça, da Fazenda (Receita Federal e Secretaria de Acompanhamento Econômico), da Saúde (Anvisa), da Secretaria de Aviação Civil (SAC), do Turismo e da Embratur.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça irá manter contato com os Procons das 12 cidades-sede do mundial com o objetivo de fazer um diagnóstico dos preços e da qualidades de serviços em hotéis, restaurantes, aeroportos e alguns outros setores.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também será acionado para analisar os setores aéreo e hoteleiro no Brasil. A proposta é identificar situações que possam inibir a concorrência.
Uma passagem aérea de ida e volta da Azul=Trip entre Natal e Recife custa, atualmente, entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. Às vezes bate os R$ 2 mil. Absurdo já denunciado neste blog e na coluna semanal de Turismo da TRIBUNA DO NORTE.
Se não houver um acompanhamento, na Copa do Mundo uma passagem Natal-Recife-Natal poderá chegar facilmente a R$ 3 mil, o que entraria no Guiness Book como a passagem aérea mais cara do mundo na relação preço-milhas voadas.