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Hotelaria volta a crescer. Pelo menos, nas diárias médias

Hotelaria em alta?
Hotelaria em alta?

O Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil divulga periodicamente ao mercado a evolução de ocupação e diária média das principais regiões do país. Nesta edição de janeiro de 2020, são apresentados os dados acumulados de 2019 e as análises abaixo mencionadas foram feitas em parceria com a HotelInvest – empresa de consultoria especializada em investimentos hoteleiros.

O crescimento de diária média no setor hoteleiro nacional chegou a 7,2% no acumulado de 2019. É a primeira vez, após quatro anos, que as tarifas voltaram a crescer acima da inflação e passaram a liderar o processo de recuperação de desempenho do setor. A taxa de ocupação cresceu 3,3% no mesmo período.
“É um claro sinal de solidez no processo de recuperação do desempenho hoteleiro no Brasil. Depois de três anos consecutivos de aumento de ocupação, chegou o momento de a diária começar a crescer com mais intensidade”, afirma Orlando de Souza, presidente executivo do FOHB.

Em um ambiente econômico mais positivo e com baixa evolução de oferta, em 2019 a hotelaria no Brasil teve o melhor desempenho dos últimos anos. “Os resultados devem ser comemorados, mas estamos apenas no início de um novo ciclo de valorização dos ativos hoteleiros. O lucro operacional dos hotéis ainda se encontra próximo a metade dos valores de 2013, período pré-crise. A boa notícia é que o horizonte futuro será muito mais favorável”, comenta Pedro Cypriano, managing partner da HotelInvest.

Dados do Panorama da Hotelaria Brasileira, publicação elaborada pela HotelInvest com o apoio institucional do FOHB, indicam que no ano passado as novas aberturas previstas no setor totalizaram aproximadamente 4 mil apartamentos. O aumento percentual de oferta no país foi de apenas 1%. Os anos de superoferta e queda de ocupação do setor ficaram para trás.

Com base nos dados regionais, o grande destaque é o Sudeste. Por concentrar a maior riqueza do país, a retomada de crescimento econômico nacional beneficiou principalmente os estados da região, que tiveram incremento de tarifa e ocupação de 8,7% e 4,9%, respectivamente. Já o Nordeste apresentou a menor evolução, diária e ocupação cresceram apenas 4% e 0,3%, respectivamente. Fatores como a crise da Avianca Brasil, o derramamento de petróleo no litoral e incidentes de segurança pública, como o do começo do ano em Fortaleza, justificam o desempenho modesto dos hotéis na região.

No balanço geral, os dados são positivos e mostram a força econômica da hotelaria no país. Apesar de um PIB com crescimento próximo a 1%, a receita por apartamento disponível dos hotéis aumentou 10,7%. E para os próximos anos a tendência é de intensificação de crescimento. Conheça em detalhes as tendências para os principais mercados hoteleiros do país na próxima edição do Panorama da Hotelaria Brasileira, com divulgação prevista em fevereiro.

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