Seminário discute o setor receptivo no Brasil
O seminário “Receptivo Brasileiro – Visão de Operadores Turísticos Internacionais sobre a Atividade de Receptivo no Brasil” foi um dos mais concorridos do Congresso da Abav. O ponto alto foi a apresentação do presidente da operadora portuguesa Terra Brasil, Eduardo Pinto Lopes.
Durante a palestra, o empresário destacou uma série de ideias simples para melhorar o serviço de receptivo no País, com base nas próprias experiências – Lopes fundou a Terra Brasil há dez anos e nesse período, trouxe para o Brasil mais de 300 mil turistas europeus.
Participaram da mesa do seminário José Luiz Cunha, diretor de Turismo de Lazer e Incentivo da Embratur, que representou a presidente do instituto, Jeanine Pires; Roberto Dultra, presidente da BITO (Brazilian Incoming Travel Organization); Gloria de Brito Pereira, diretora de Marketing da Riotur; Sergio de Mello Ferreira, diretor de Operações da TurisRio; Kid Stadler, diretor de Turismo Receptivo da ABAV; e Pedro Costa, vice-presidente da ABAV.
Lopes iniciou a apresentação ressaltando a concentração dos grandes receptivos do país somente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. “As demais regiões do país oferecem os serviços com diferentes padrões de qualidade. É fundamental padronizar os serviços, desde o mais simples, como o uniforme”, afirmou.
Em seguida, listou algumas críticas, tendo o traslado como exemplo. “O transfer é a primeira impressão do cliente e este serviço muitas vezes é terceirizado. O prestador sequer conhece a cultura do cliente e muito menos os padrões de serviço da empresa para a qual atua. O mau serviço prestado no traslado compromete a operadora nos demais produtos, como a venda de opcionais. Sem contar a perda do cliente”, ressaltou.
Em contrapartida, o empresário deu dicas para melhorar o atendimento. Entre elas a criação do serviço 24 horas; a busca por bons parceiros – “atuar em pool como oportunidade, antes que se torne uma obrigação por conta das circunstâncias” -; padronização de placas e uniformes; disponibilização de vouchers com todos os dados da empresa; criação de um banco de dados atualizado com atrações, hotéis, restaurantes, serviços públicos; investimento em novas tecnologias; e criação de produtos segmentados, como terceira idade, estudantes, solteiros, entre outras.
Quando o assunto foi Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, Lopes ressaltou a oportunidade que as empresas terão de prolongar a estadia dos turistas que chegam por conta do esporte. E finalizou: “Os eventos serão oportunidades perfeitas para fidelizar os clientes. Primeiro, eles chegarão para curtir os jogos; depois, voltam de férias, com a família”, pontua.
