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Greve dos professores de Natal ganha conotação política

O Governo Robinson anunciou que “antecipou” o reajuste de 11,36% no piso salarial dos professores do Estado. Mas só pagará a diferença correspondente ao salário de janeiro numa folha complementar no próximo dia 14. E a diferença de fevereiro na folha de março, que, dentro do calendário atual, só deverá chegar ao bolso dos professores no início de abril. Levará, portanto, dois meses para atualizar toda a folha de pagamento da categoria.

Enquanto isso, a Prefeitura de Natal pagou o mesmo reajuste aos professores, já com a inclusão da diferença do salário de janeiro, na folha de fevereiro. Ou seja, na rede pública de ensino em Natal os professores já estão com seus salários reajustados.

Porém, diferentemente da rede estadual, em Natal os professores estão em greve. O que dá força à argumentação de que, nas escolas da capital, a greve tem conotação política.

Em tempo: o Sindicato dos Professores é dominado politicamente pelo PT, que apoia o governador Robinson Faria, inclusive com o deputado Fernando Mineiro, pré-candidato a prefeito de Natal, tendo indicado o secretário de Educação, Francisco das Chagas Fernandes.​

Chama a atenção também a diferença salarial entre os professores da rede estadual e municipal.

No Estado, o piso da categoria segue o piso nacional e passou agora para R$ 2.135,64 por uma jornada de 40 horas semanais, em caso de jornada menor o piso é proporcional. Já os professores de Natal em início de carreira tem um salário desde janeiro de R$ 4.043,97 para a mesma carga horário de 40 horas/semana.

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