O que você precisa saber sobre a Sauvignon Blanc

Ontem foi o Dia Internacional da Sauvignon Blanc (primeira sexta feira de Maio)… E se tem uma uva que merece a sua atenção, é essa danada. Branquinha de personalidade forte, aromática, vibrante, cheia de frescor e com uma história que vale a pena conhecer.

A origem é francesa, mais precisamente no Vale do Loire. Os primeiros registros são do século dezoito, mas tudo indica que ela nasceu bem antes disso, crescendo de forma espontânea nos vinhedos. O nome Sauvignon vem de sauvage, que em francês quer dizer selvagem.

No Loire, as principais regiões são Sancerre e Pouilly Fumé. Mas quem pensa que ela é estrela de um lugar só, tá enganado. Em Bordeaux, por exemplo, ela aparece em dupla com a Sémillon, tanto nos vinhos secos quanto naqueles doces famosos como os de Sauternes. E quer uma curiosidade boa? A Sauvignon Blanc é mãe da Cabernet Sauvignon em um feliz casamento com a Cabernet Franc.

No fim do século passado, a Sauvignon Blanc resolveu conquistar o resto do mundo. E quem ajudou bastante nessa história foi a Nova Zelândia, principalmente a região de Marlborough. Desde os anos oitenta o país virou sinônimo de Sauvignon Blanc super aromática, cítrica e com aquela acidez que dá água na boca. É um estilo que influenciou vários produtores mundo afora.

Aqui nas Américas, o Chile manda bem com ela (vales de Casablanca, San Antonio e Limari), assim como o estado da Califórnia, nos EUA. Na África do Sul também tem muita gente fazendo vinho de respeito com essa uva. E dependendo do clima e da técnica usada na vinificação, ela pode ir de leve e refrescante a mais encorpada com um toquezinho de madeira como acontece em Pessac Léognan na França.

Hoje a Sauvignon Blanc passeia entre as uvas brancas mais plantadas do mundo. E não é só porque ela se adapta bem a vários cantos do planeta. É porque ela entrega estilo, expressão de terroir e uma diversidade que encanta tanto os iniciantes quanto quem já tem boca e nariz bem treinados.

Se você ainda não teve aquele clique com a Sauvignon Blanc, tá perdendo uma das experiências cativantes do mundo do vinho. Ontem mesmo provei três exemplares com perfis completamente diferentes, e todos incríveis à sua maneira.

Vai por mim: quando você encontra a garrafa certa, servida na temperatura certa e no momento certo, entende por que tanta gente no mundo inteiro para pra celebrar essa uva. Pode ser num Sancerre clássico, num chileno vibrante ou naquele rótulo neozelandês que chega chegando. O importante é abrir a mente, a garrafa e deixar a Sauvignon mostrar pra que veio.