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1º discurso de Lula-Livre ecoa além da esquerda

Um discurso com direito a interrupção da programação normal das primeiras emissoras de notícias do país numa quarta-feira.

Lula voltou.

Ele mesmo se perguntou e respondeu:

– Todos querendo saber como  está meu ânimo, meu humor, se estou com mágoas ou em paz… 

E ele estava tranquilo, comedido e tratou de todos os pontos que precisava abordar no momento que o Brasil vive o momento mais grave da pandemia.

Não foi grosseiro e não precisou nomear o presidente Bolsonaro, mas lembrou o que poderia ser diferente. A começar pelo uso da máscara.

O que fez e faria.

Falou das injustiças como a forma que foi autorizado para comparecer ao velório do irmão morto no período da prisão. Ou a morte de sua mulher, vitima de um AVC, segundo ele apressado pela forma de agir da Lava-Jato.

A repercussão é enorme. A euforia dos aliados de sempre.

Mas uma voz ecoou de forma muito significativa o sentimento do discurso do ex-presidente Lula, a opinião do deputado Rodrigo Maia (DEM).

Ele não apenas um desafeto público do presidente Bolsonaro e dos seu próprio partido. É uma voz em sintonia com ideias liberais, com a Faria Lima, com o mercado.

Abaixo o que disse Rodrigo Maia:

Você não precisa gostar do Lula para entender a diferença dele para o Bolsonaro. Um tem visão de país; o outro só enxerga o próprio umbigo.

Um defende a vacina, a ciência e o SUS; o outro defende a cloroquina e um tal de spray israelense.

 Um defende uma política externa independente; outro defende a subserviência. Um defende política ambiental; outro a política da destruição. Um respeita e defende a democracia; o outro não sabe o que isso significa.

Um fundou um partido e disputou 4 eleições; o outro é um acidente da história. Tenho grandes diferenças com o @LulaOficial, principalmente na economia, mas não precisa ser petista fanático para reconhecer a diferença entre o ex-presidente e o atual.

Precisar não precisa.

Conseguir ser ouvido, representando o contra-ponto num país ensurdecido por negacionistas de plantão  já é uma grande começo, mesmo que não seja a voz do amanhã.

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