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ALENTO PARA NIZAN

O empreendedor (assim se apresenta o publicitário) Nizan Guanaes abriu a alma e a caixa de medos.

Na angústia para saber o que a pandemia do vírus pode causar a  ele e todas os outros moradores de sua aldeia global, não culpa ninguém. Mas, aflito,  compartilha dúvidas.

Se algumas informações mais sombrias não estariam  sendo  escondidas dos agoniados mortais, pelos líderes das maiores potências.

Mesmo levando em conta que quem tem a guarda do big stick sabe que se entrar nesta guerra não adiantarão bravatas, porta-aviões ao largo nem mísseis apontados para lugar nenhum, e talvez por isso, não vinha fazendo outra coisa a não ser menosprezar o adversário invisível, como se fosse um democrata com o rabo preso na Ucrânia. Até tomar a decisão corajosa de suspensão de vôos.

Há sinais que o bode é muito grande para ser escondido debaixo dos tapetes e por trás das cortinas dos suntuosos palácios, incluída a Cidade Proibida.

Na China, as  providências tomadas foram, a princípio, tidas como exageradas.

De uma cidade maior que São Paulo, isolada em quarentena, não se  tinha  notícia desde  os tempos da grande guerra.

O modelo adotado onde explodiu a contaminação incontrolável, em um mês já começava a ser seguido numa região. Em um terço do território. Para logo, paralisar de vez toda a Itália.

A primeira ministra da Alemanha, pais que enfrentou os primeiros 1600 casos sem nenhuma morte, anunciou que os cientistas germânicos preveem que mais de 70% da população será de alguma forma, em algum tempo, afetada pelo Covid-19.

Aqui mesmo no Brasil, com as dispensáveis referências às deficiências materiais e cognitivas, foram tomadas atitudes que demonstraram seriedade e vontade de não usar panos quentes,  como se estivéssemos a tratar de resfriado qualquer,  que não resiste à simples mezinha dos tempos da vovó.

O repatriamento de todos os brasileiros que quiseram deixar a região contaminada e o posterior período de isolamento em unidade militar, foram didáticos e exemplares.

A imprensa noticia com volume e qualidade. Sem restrições. Nem reclamações.

A mídia não tem economizado espaço.

Para um histórico de 11 milhões de citações para o Ebola e 40 milhões para o HIV, o vírus da vez  já passa de 1,1 bilhões.

O Presidente Bolsonaro tem sido criticado por não comandar pessoalmente a guerra da comunicação.

Melhor. Muito melhor.
Que continue assim.

Por não falar sobre o que não entende. Por não agravar mais ainda uma situação de crise.       Merece reconhecimento.

Se esta mudez tivesse comprometido seu lado economista, estaríamos somente preocupados com  o outro, meio louco.

Que de médico ele já disse e repetiu, não tem nem um pouco.

Desta vez os cientistas não poderão reclamar de falta de recursos.                                             

Verbas com números estratosféricos estão sendo disponibilizadas pelos organismos econômicos para a descoberta de uma vacina capaz de deter a expansão e sobretudo, a volta da doença em anos vindouros.

Um certo alemão, o primeiro a usar o rádio (antes de Sir Winston) para doutrinação política, Joseph G., já disse nos anos 30:

Haverá um dia quando todas as mentiras cairão com seu próprio peso, e a verdade triunfará de novo.

A verdade sempre será mais forte que a mentira.

Ela tem aparecido.

E é cruel.

Entre as vítimas fatais prevalecem os velhos, maiores de 70 anos. Com pobre saúde pulmonar e alta taxa de tabagismo.

A presente pandemia é muito menos contagiosa que o sarampo e a tuberculose.

Por dia, ainda estão morrendo 3 vezes mais pessoas com cólera e o número de mortos por  AIDS é 40 vezes maior que da doença que amedronta o mundo há menos de dois meses.

Vem aí, um mundo melhor. Mais fraterno e  igual.

Quem  sobreviver, verá.

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