Aprovação do Governo Lula estaciona e aponta que Economia é o que freia melhora dos números

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostra estabilidade no índice de aprovação e desaprovação, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17).
São 51% os que desaprovam a terceira administração do petista. A aprovação é de 46%. O índice é o mesmo apresentado no levantamento de agosto.
Foram entrevistadas 2.004 pessoas pela Quaest, pessoalmente, entre 12 e 14 de setembro.
A trajetória se interrompeu sem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tivesse recuperado todo o terreno perdido no verão, quando um repique da inflação de alimentos e uma campanha de desinformação sobre taxação do Pix jogou na avaliação do governo federal no chão.
Em janeiro de 2025 Lula tinha 47% de aprovação. Agora está com 46%. A sua desaprovação há oito meses era de 49% de acordo com o levantamento.
QUESTÃO POLÍTICA PERDEU TRAÇÃO
Ela joga ao favor de Lula, mas influencia menos o cenário. Ao longo do último mês o Supremo ignorou as ameaças crescentes da Casa Branca, colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, julgou-o na Segunda Turma e condenou-o a 27 anos e três meses de prisão.
ECONOMIA FREOU APROVAÇÃO
Para 58% dos entrevistados o país está indo na direção errada (era 57% na rodada anterior).
Para 50% dos entrevistados o desempenho do presidente é pior do que o esperado (antes era 45%).
O percentual de eleitores que afirma que a economia piorou , que ficou parado em 46% nas duas últimas rodadas, voltou aos 48% registrados em março. Está longe do pico de 56% em janeiro, mas ainda superior aos 39% que assim pensavam em dezembro.
EVANGÉLICOS MAIS PRÓXIMOS
O único dado positivo para o presidente Lula no levantamento está na melhora de sua posição relativa em um reduto da oposição.
Entre os evangélicos, por exemplo, a aprovação cresceu quatro pontos percentuais, passando de 31% para 35%, enquanto a desaprovação recuou de 65% para 61%. Uma explicação possível pode ter sido a conjuntura política. O engajamento evangélico em uma bandeira sabidamente pouco popular, que é a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, liderado pelo pastor Silas Malafaia, não foi acompanhado com o mesmo ímpeto por outras lideranças do setor.
Fonte: Valor e CNN
